O governo do Estado enviou 100 mil larvas de tambaqui para a propriedade do piscicultor Pedro Alves da Silva, o Doca, em Assis Brasil, zona rural de Cruzeiro do Sul. Colocadas num tanque, as larvas já viraram alevinos e estão sendo repassadas aos produtores a um preço subsidiado de R$ 70 o milheiro. O secretário da Produção, Lourival Marques, acompanhou nesta terça-feira, 30, a primeira despesca de alevinos.
Marques lembrou que o atual governo iniciou em 2011 um intenso programa de desenvolvimento de piscicultura, com a construção de tanques, e hoje tem já tem adiantadas as obras de um frigorífico e um laboratório de alevinos no Vale do Juruá, além de uma fábrica de ração em Rio Branco, o que dará um suporte completo aos produtores da região. Nos próximos dois anos, o governo vai construir mais 2.800 tanques em todo o território acreano.
O piscicultor Gladson Rocha conta que na região não há produtor de alevinos no momento e os produtores estavam se valendo de alevinos provenientes de Rio Branco. “Nesta fase de transição, enquanto não funciona o novo laboratório, ficamos sem alevinos. Foi providencial a intervenção do governo. Os produtores não vão ficar sem produzir”.
Um piscicultor feliz
Pedro Alves da Silva, o Doca, tem em sua propriedade, na comunidade Assis Brasil, sete tanques e dois açudes, onde cria principalmente tambaqui e pirapitinga, com produção anual de oito toneladas. No entanto, ele já está se acostumando com a criação de surubim (ou pintado), que é mais valorizado. Também já colocou nos tanques alguns alevinos de pirarucu há dois anos e calcula que eles estejam hoje com 18 quilos.
Doca mora há 25 anos em Assis Brasil. Antes vivia só da agricultura, mas está muito feliz por ter optado pela piscicultura há cinco anos. Em sua propriedade instalou um pesque-pague que se tornou importante fonte de renda. Ele também se anima com o surubim, mais valorizado: “As pessoas vêm buscar o peixe aqui e pagam 16 reais o quilo”. Segundo o piscicultor, o surubim foi colocado há um ano e um mês no tanque e alguns exemplares já têm cerca de três quilos.
Mas sua expectativa é bem maior: já construiu um galpão de alvenaria de 18 x 6 metros para estocar ração e guardar equipamentos. “Estamos aguardando a entrada em funcionamento do laboratório de alevinos e da fábrica de ração. O que já é bom ainda vai melhorar”, afirma.