Restrita aos mamíferos, a raiva é uma doença infecciosa aguda que não tem cura, e atende os seres humanos. Com intuito de levar informação, prevenir e combater a enfermidade, o governo do Estado, por meio do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), promove de 25 a 30 de setembro palestras sobre o assunto, em escolas rurais da capital e interior.
As ações são alusivas ao Dia Mundial de Contra a Raiva, lembrado na próxima quinta-feira, 28. Os alunos da escola pública rural, José Cesário de Farias, no Bujari, participaram nesta terça-feira, 26, de uma palestra com as veterinárias do Idaf, Mariana Benevides e Daniela Kruger.
A pequena Silmara Ribeiro, de seis anos, prestou atenção na apresentação para contar aos pais quando chegar em casa. “Eu tenho um cachorro e um gatinho, vou avisar para o meu pai que tem que vacinar para ele não adoecer”, disse.
Segundo o diretor do colégio, Antônio Amarildo da Silva, as informações refletem na melhoria da saúde da comunidade. “O conhecimento que eles adquiriram aqui pode salvar até vidas. Temos o caso de um ex-aluno que faleceu, após contrair raiva, e tudo isso pode ser evitado se tomarmos os devidos cuidados”, salientou.
De acordo com informações do Ministério da Saúde (MS), em 2015 foram registrados dois casos de raiva em humanos em todo o país, um no estado do Mato Grosso do Sul e outro na Paraíba. Em 2016, houve um caso registrado em Roraima. Atualmente, o Brasil encontra-se próximo à eliminação da doença.
A médica veterinária do Idaf, Mariana Benevides, observa que a grande importância de se realizar essas ações, principalmente, nas escolas de zona rural, é que o conhecimento vai além da sala de aula.
“Quando eles chegam em casa, repassam aos pais. Nos municípios em que os índices de vacinação contra raiva eram baixos, desde que começamos a implantar atividades educativas, percebemos um aumento nos índices de vacinação significativos”, frisou a veterinária.
Dia Mundial de Contra a Raiva
A data é uma iniciativa da Aliança para o Controle da Raiva, uma entidade não-governamental supranacional que, junto aos países em que a raiva ainda constitui-se problema da saúde pública, concentram esforços de profilaxia e esclarecimento sobre a enfermidade.