Com o crescimento da atividade de observação de aves e do ecoturismo no Acre, o governo do Estado compreendeu a necessidade de qualificar comunitários, ampliando a geração de renda e emprego nas áreas de florestas.
O curso de ascensão e escalada em árvores, promovido no Parque Estadual Chandless, qualificou moradores da unidade de conservação, um comunitário da Reserva Extrativista Cazumbá-Iracema e um colaborador de Manoel Urbano. No total, oito pessoas participaram da capacitação e continuarão sendo instruídas nos próximos dez dias.
A iniciativa é uma realização do governo do Estado, por meio das secretarias de Meio Ambiente (Sema) e Turismo (Setul), em parceria com o Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) e o banco alemão KfW.
“Estamos qualificando os comunitários para que estejam à frente da condução de acesso às plataformas de observação de aves e pesquisa do parque”, salientou o técnico da Setul, Mack Willison.
No Chandless, o Estado construiu duas plataformas de observação de aves e pesquisas. Ambas medem 28,5 metros de altura, que viabilizam aos pesquisadores e observadores de aves um espaço com vista privilegiada.
Jesus Rodrigues, gestor do Chandless, destacou a ações adotadas que visam ampliar a renda das famílias. “Por ser rico em biodiversidade e possuir espécies endêmicas, o Parque Estadual Chandless é muito visado por pesquisadores. Estamos capacitando os moradores para que possam ser condutores nesse processo. Além disso, também queremos desenvolver um projeto de construção de um viveiro, com foco no desenvolvimento econômico da comunidade”, frisou.
O curso de ascensão e escalada em árvores é o único no estado com reconhecimento da Secretaria Estadual de Educação, que possui selo da Coordenação de Registro e Inspeção Escolar (Corines). Em sua fase inicial são apresentadas técnicas verticais e de segurança, numa carga-horária de 20 horas.
Parque Estadual Chandless
O Chandless fica localizado entre Sena Madureira, Manoel Urbano e Santa Rosa do Purus, representando cerca de 4% do território acreano. É o segundo maior parque da Região Norte do país e detém uma das áreas mais ricas em biodiversidade, um patrimônio genético com a presença de espécies endêmicas e ameaçadas de extinção.
O último registro chegou a 1.374 espécies animais, entre as quais estão mais de 400 de aves.