A enchente histórica que atingiu Xapuri desabrigou e desalojou milhares de pessoas. Mais de 600 famílias tiveram que deixar suas residências. Destas, 144 ficaram acomodadas em 13 abrigos públicos disponíveis na cidade. As demais se encaminharam para casa de amigos e parentes.
Com a vazante do manancial inicia-se o processo de retorno às residências, que está sendo acompanhado pela Secretaria de Estado de Assistência Social (Seds). O retorno para casa só é autorizado após vistoria da Defesa Civil. As famílias que perderam seus imóveis, devido à força e correnteza das águas, recebem atendimento psicológico.
Mariana Moreas, assistente social da Seds, explica a importância do trabalho: “A população vive momentos de muita dor. Além do atendimento social, realizamos acompanhamento psicológico das famílias atingidas pela cheia. Uma equipe acompanha às vítimas acomodadas em abrigos e a outra assiste às famílias desalojadas”.
A alimentação oferecida nos abrigos fica por conta do governo do Estado e prefeitura. Há mais de uma semana fora de casa, Maria Adélia Dias, 59 anos, elogia assistência recebida: “Eu tenho um problema de saúde que só me permite comer alimentos pastosos. Todos os dias, recebo a minha alimentação certinha. Isso dá um pouco de conforto, neste momento de tanta dor”.
Gabriel Gelpke, titular da Seds, frisa o atendimento recebido pela população desalojada: “Além das famílias que estão nos abrigos, o Estado e a prefeitura estão acompanhando o retorno dos que estão na casa de parentes, fazendo um levantamento de suas necessidades, entre kits de limpeza e cestas básicas”.
O gestor explica a situação daqueles que perderam as residências em decorrência da catástrofe. “Será feito um levantamento caso a caso para que as famílias possam acessar as linhas de financiamento federal, como o Minha Casa, Minha Vida ou serem assistidas pelo aluguel social”.