Um grande pacto foi firmado em Acrelândia na tarde de sexta-feira, 5, envolvendo o governo do Estado, prefeitura e os produtores rurais. O objetivo é combater qualquer tipo de fogo nas propriedades rurais do município.
Acrelândia é um dos principais polos produtivos do Acre, principalmente de banana e café. Como em todo o estado, a falta de chuvas tem propiciado o aparecimento de focos de queimadas.
Preocupados com a situação, representantes de órgãos públicos e produtores resolveram se juntar e discutir alternativas para evitar o agravamento da situação.
“É uma grande preocupação nossa. Já convivemos com queimadas no passado e sabemos o tanto de prejuízo que causou. Por isso provocamos essa reunião para nos prevenir contra o fogo e conscientizar os produtores”, destaca Jonas Dales, prefeito de Acrelândia.
Duas regiões da cidade trazem mais preocupação, os ramais Campo Novo e Redenção.
O secretário de Agricultura e Pecuária do Acre (Seap), José Carlos Reis, esteve em Acrelândia e constatou a destruição provocada pelo fogo. Foram três dias de intenso trabalho de bombeiros e voluntários para apagar as chamas. “Acrelândia é o município mais produtivo desse estado. A preocupação é grande. Este é o momento em que estamos chamando toda a população para que possamos nos unir e combater o fogo”, explica Reis.
Equipamentos e treinamentos para o combate à incêndios
Quem também esteve presente à reunião em Acrelândia foi o comandante-geral dos Bombeiros no Acre, coronel Gundim, que mesmo afirmando que todo o efetivo da corporação, cerca de 600 profissionais, está envolvido em atender as ocorrências em todo o Acre, prometeu equipamentos e treinamento para voluntários que queiram ajudar no combate aos incêndios.
“Vamos fazer uma capacitação com as pessoas que queiram participar no combate aos incêndios. Iremos trazer também alguns materiais como abafadores e bombas costais para combater o fogo”, afirma Gundim.
A intenção é capacitar voluntários para a formação de grupos com o mínimo de conhecimento na hora de um combate a incêndio.
É o caso de Gersi de Souza, que nos últimos dias se dedicou a apagar, com outros produtores, focos de incêndios no ramal Campo Novo. O mais complicado é que os agricultores têm certeza que o fogo é criminoso. “Complicado porque está muito seco. A gente tem conversado com as outras pessoas que moram por aqui para não queimar. O problema é que alguém tem agido de má fé e colocado fogo nas propriedades. Esperamos que a polícia identifique quem é que está fazendo isso”, explica Gersi.