Governo leva saúde, serviços sociais e recreação para assentamentos

Produtores rurais são entrevistados e depois recebem visita para levantamento das condições de saúde na comunidade (Foto: Leônidas Badaró/Secom)
Produtores rurais são entrevistados e depois recebem visita para levantamento das condições de saúde na comunidade (Foto: Leônidas Badaró/Secom)
Quando se pensa em assistência técnica e extensão rural, é comum restringir essas atividades apenas à produção agrícola. Realmente, preparar a terra, acompanhar o desenvolvimento dos plantios, colher e armazenar de forma correta são atribuições que fazem parte do serviço de assistência técnica prestado ao produtor rural.

No entanto, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) estão demonstrando que para melhorar as condições de produção e a qualidade de vida dos produtores é preciso ir além e se envolver no ambiente familiar, cuidando da saúde e oferecendo serviços sociais às comunidades.

Por meio do contrato celebrado entre as duas instituições, com validade por dois anos, além da admissão de 15 técnicos de campo, foram contratadas uma enfermeira, uma assistente social e duas recreadoras.

A enfermeira Jakeline Israel é a profissional contratada que faz o acompanhamento de saúde nos 16 projetos de assentamento na região de Rio Branco, Bujari e Senador Guiomard. O desafio não é pequeno – são mais de 1.100 famílias.

Os produtores recebem as visitas da enfermeira em casa, onde são levantadas as condições de saúde de cada membro da família. Recebem orientação sobre higiene, alimentação e cuidados básicos com o corpo.

“Esse trabalho de enfermagem melhora a saúde dos produtores e de seus familiares. Quando um produtor adoece, influência diretamente na sua produtividade”, afirma Jakeline.

A socióloga Terezinha Batista faz o atendimento social. Durante as visitas são verificadas a falta de documentos e a possibilidade de acesso a benefícios sociais como aposentadoria. “Também trabalhamos na parte de organização social, ajudando jovens e mulheres das comunidades. Muitas vezes o produtor deixa de receber um benefício por falta de documentos ou de orientação”, destaca.

Recreação fortalece participação das mulheres

Crianças participação de atividades de recreações para que as mulheres da comunidade possam participar das reuniões (Foto: Leônidas Badaró/Secom)
Crianças participam de atividades de recreações para que as mulheres da comunidade possam participar das reuniões (Foto: Leônidas Badaró/Secom)
Durante muito tempo, a necessidade de cuidar dos filhos impossibilitou a presença das mães nas reuniões com os técnicos.

Com a consciência da importância da participação das mulheres nas decisões, foi criado o serviço de recreação. No horário das reuniões, as crianças participam de atividades lúdicas, interagindo com outros menores da comunidade, enquanto as mães acompanham as discussões sobre assistência técnica e fomento agrícola. “Agora a gente pode participar despreocupada e ajudar a tomar as melhores decisões para nossa comunidade”, explica a produtora Sara Oliveira.

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