Durante muito tempo, a doação de órgãos e os transplantes foram um assunto raramente debatido entre familiares ou amigos. Com o avanço da medicina e a divulgação sobre o tema, esse tabu está caindo.
Na Amazônia, o Acre é o primeiro estado a fazer transplante de fígado. Foi também um dos três primeiros estados brasileiros que conseguiu a liberação do Ministério da Saúde para estruturação de uma Organização de Procura de Órgãos (OPO). São grandes feitos, considerando-se a localização geográfica e os recursos investidos no estado, proporcionais ao crescimento da sua capacidade de arrecadação.
O governo tem apostado em campanhas publicitárias e palestras nas escolas com o intuito de conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos. “As famílias acreanas estão começando a ter menos medo e preconceito em relação à doação de órgãos. O fato de que esse procedimento pode salvar vidas é o maior responsável pela aceitação”, afirmou o secretário de Estado de Saúde, Armando Melo.
A realização dos transplantes envolve um número considerável de profissionais, além de material e equipamentos especializados. No Acre, os investimentos na área diminuíram o tempo de espera de 248 pacientes que aguardavam por um transplantes de órgão, sendo 176 de córneas, 66 de rim e seis de fígado. Somente no primeiro mês de 2015 já foram realizados oito transplantes (dois de córneas, dois de fígado e quatro de rins).
Para o governador Tião Viana, os avanços representam um importante passo para saúde pública do Acre. “Temos tido grandes progressos na saúde pública do Acre. Ainda temos muito a melhorar, mas estamos no caminho certo. A previsão é que até o fim do ano vamos fazer também, cirurgias de pâncreas e osso”, disse.