Governo investe em etnoturismo para os povos Yawanawás de Tarauacá

Além da construção de kupixawas (casas de rituais), serão construídas casas de artesanato, redários, abrigos, banheiros, refeitório e escadaria (Foto: Diego Gurgel/Secom)

Além da construção de kupixawas (casas de rituais), serão construídas casas de artesanato, redários, abrigos, banheiros, refeitório e escadaria (Foto: Diego Gurgel/Secom)

Nas Aldeias Nova Esperança e Mutum, localizadas no alto Rio Gregório, município de Tarauacá, o governo do Estado aposta e investe no etnoturismo como uma alternativa para alcançar a sustentabilidade. Além disso, é possível fortalecer o objetivo do povo yawanawá que, com portas abertas para o mundo todo, poderá contar com infraestrutura para a acomodação de centenas de turistas que procuram a aldeia em busca e conhecer seus costumes e cultura.

Ao todo, são contabilizados, para as duas aldeias, investimentos superiores a R$700 mil de recursos oriundos do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e recursos próprios do Estado. Tais recursos são destinados para a construção de casas de artesanato, redários, kupixawas (casas de rituais), abrigos, banheiros, refeitório e escadaria.

Esta semana, técnicos da Secretaria Estadual de Infraestrutura e Obras Públicas (Seop) e Secretaria Estadual de Turismo e Lazer (Setul), estiveram nas aldeias para definir os ajustes finais da conclusão das obras na Nova Esperança e estabelecer o direcionamento do início dos serviços na Aldeia Mutum.

“Aqui na Aldeia Nova Esperança os serviços já estão bastante avançados e em breve todas as obras estarão finalizadas. Solicitamos que a empresa realizasse alguns ajustes e orientamos na realização de alguns acabamentos. Nos reunimos com representantes da Aldeia Mutum e na próxima semana a empresa responsável pela execução dos serviços dará início às construções no local”, explicou a engenheira civil da Seop, Andréia Oliveira.

O turismólogo da Setul, Francismay Moura, que acompanha as ações desde que foram iniciadas, acredita que o etnoturismo será um diferencial, pois irá proporcionar assistência aos turistas na aldeia. “É uma estrutura que não vai servir apenas para os festivais, mas para o fortalecimento da cultura do povo”, analisou.

Turismo é cada vez mais forte na Aldeia Nova Esperança

“É de suma importância a atitude do governo de olhar para as necessidades da nossa aldeia e nos dar esse incentivo, para que os nossos trabalhos voltados para o turismo, crescentes, continuem sendo realizados”, destacou Biraci Júnior Yawanawá, filho do Cacique Biraci Yawanawá, liderança da aldeia.

Refeitório com capacidade para atender 50 pessoas já está pronto para atender os visitantes na aldeia (Foto: Ana Paula Pojo)

Refeitório com capacidade para atender 50 pessoas já está pronto para atender os visitantes na aldeia (Foto: Ana Paula Pojo)

A cultura e tradição dos povos yawanawás têm chamado a atenção de muitos turistas em todo o mundo. O último Festival Yawa, realizado em outubro deste ano, recebeu cerca de 300 pessoas, entre autoridades locais e turistas.

“Esta estrutura vai beneficiar o crescimento do turismo nas aldeias, pois todos os investimentos estão relacionados à preocupação do governador Tião Viana de proporcionar oportunidade de desenvolvimento econômico e social para as aldeias indígenas”, explicou o secretário de Turismo, Leonildo Rosas.

Já Leonardo Neder, secretário de Obras Públicas, avalia: “Nessa aldeia o governo realiza obras que demonstram respeito à cultura e diversidade dos povos dessa região. São investimentos significativos que irão incentivar o turismo étnico no Estado dando todo o apoio nas estadas, através da implantação destas estruturas”.

Governo já investiu R$ 460 mil em etnoturismo para o povo Huni Kui do Jordão

O povo Huni Kui, é uma etnia que possui cerca de três mil indígenas no município de Jordão. Este mês, o governador Tião Viana e o secretário de Turismo, Leonildo Rosas, estiveram na aldeia Lago Lindo para a entrega de um investimento contabilizado em R$ 460 mil para o fortalecimento do etnoturismo.

No local, foram construídos um porto, uma cozinha com refeitório, alojamentos e um kupixawa. A aldeia tem ações turísticas fortes, pois recebe visitantes de todo o mundo principalmente em junho, quando realiza seu festival anual. Ao todo o investimento do governo do estado para incentivar o turismo étnico na Lago Lindo, Mutum e Nova Esperança é de R$ 1,3 milhão.

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