Dores de cabeça, febre, cansaço e mal-estar são sintomas que comumente podem ser confundidos com diversas doenças. Mas para quem vive na região amazônica, pode ser indício de malária.
O Acre faz parte de região endêmica por ser rodeada de floresta, com igarapés, rios e açudes que contribuem para a proliferação do mosquito do tipo Anopheles, transmissor da doença.
A região do Juruá concentra 90% dos casos de malária no Acre. Combater a doença na região é um desafio que envolve prefeituras e os governos estadual e federal.
Ações rotineiras de combate a doença que são executadas em todos os municípios do estado, fazem parte do plano integrado de combate e controle da malária, que garantem frequentemente ações de borrifação domiciliar, exames de diagnósticos, atividades de orientação e prevenção da doença e capacitação aos profissionais de saúde em todo o estado.
Mas, quando a doença chega é preciso tratar. O governo do Acre tem garantido a dispensação de medicamentos para Unidades Básicas de Saúde que auxiliam no tratamento da malária.
Marília Carvalho, gerente do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Controle de Endemias da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), destaca que, mesmo com o aumento no número de casos de malária na região, não há falta de medicamento para tratar a doença. O que acontece com algumas medicações é a substituição promovida pelo próprio Ministério da Saúde.
“Infelizmente, tivemos um aumento nos casos de malária na região amazônica. Houve o desabastecimento em uma das medicações, que é a Primaquina. No entanto, temos o apoio do Ministério da Saúde e a população não está desamparada, já que o remédio é substituído pela Cloroquina. A efetividade do tratamento é a mesma e nós informamos todos os municípios por meio de uma nota técnica emitida pelo MS”, destaca Marília.