Alunos de alfabetização do MOVA também foram beneficiados
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Mais de 100 óculos foram entregues para estudantes da rede pública de ensino (Foto: Onofre Brito)
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Como faz pontualmente, mês sim, mês não, desde 2009, a equipe do Programa Olhar Brasil voltou ao Vale do Juruá para entregar óculos e realizar consultas oftalmológicas para alunos das escolas públicas de ensino fundamental e médio e do programa de alfabetização MOVA-Alfa 100. A ação é do governo do Acre envolvendo as secretarias de Educação e Saúde em parceria com o governo federal através dos ministérios da Educação e da Saúde.
Nessa jornada, foram entregues 111 óculos aos alunos consultados em março, e 250 consultas foram realizadas em alunos de Cruzeiro do Sul e Rodrigues Alves, que receberão seus óculos na próxima vinda da equipe. O destaque dessa entrega foi o atendimento aos alunos do Programa de Alfabetização Alfa 100 (Mova), no sábado, 16, em evento ocorrido no Núcleo de Educação em Cruzeiro do Sul. Foram 80 óculos entregues a alunos, grande parte já idosos.
O coordenador do projeto, Rutênio de Sá Oliveira, informou que desde o início do programa já foram consultados em todo o Estado cerca de oito mil alunos, dos quais dois mil receberam óculos. No Vale do Juruá, 2.200 alunos passaram pela consulta e mil receberam óculos.
Segundo Rutênio, o objetivo do programa é melhorar a qualidade de vida e de aprendizagem dos alunos com problemas de visão. Ele conta que os óculos são feitos com material de primeira qualidade e os melhores parceiros para identificação de alunos com problemas são os próprios professores.
A coordenadora estadual do Mova no Estado, professora Augusta Rosas, participou do evento, dirigindo palavras de incentivo aos alunos que estão buscando melhorar a vida aprendendo a ler e escrever. Ela informou que o Projeto Olhar Brasil já atendeu no Acre cerca de 10% dos alunos do Mova com óculos. “O Projeto Olhar Brasil é um dos instrumentos importantes para o processo de alfabetização de jovens e adultos.”
Ela também falou sobre o desafio do Mova para enfrentar a luta de alfabetizar 46 mil acreanos que ainda não sabem ler nem escrever e que se constitui numa prioridade da Secretaria de Educação.
Eles disseram:
{xtypo_quote} “Sem óculos, eu só conseguia ler se a letra fosse muito grande. Agora vai facilitar, vou poder ler minha Bíblia e os livros da escola.” – Assis de Souza, 64 anos. {/xtypo_quote}
{xtypo_quote} “Nem meu nome eu posso assinar, porque a vista não permite. Eu sempre vou para as aulas, mas às vezes eu dizia para a professora: ‘Vim só para marcar presença porque eu não estou enxergando nada’. Agora vai mudar. Recebi os óculos e fiquei muito feliz porque agora sei que vou conseguir assinar meu nome.” – Euza Coelho de Souza, 61 anos. {/xtypo_quote}
