Governo empossa membros do Comitê de Combate ao Tráfico de Pessoas

Nazareth Araújo chama fala da união de esforços no enfrentamento ao tráfico de pessoas (Val Fernandes/Secom)
Nazareth Araújo chama fala da união de esforços no enfrentamento ao tráfico de pessoas (Val Fernandes/Secom)

Tomaram posse como conselheiros do Comitê Estadual de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Estado do Acre 23 representantes de entidades governamentais, não governamentais e da sociedade civil. O evento foi realizado na tarde desta sexta-feira, 26, no auditório da Biblioteca Pública.

Na medida em que afeta, sobretudo, grupos vulneráveis como mulheres e crianças, o governo do Estado criou, no início do mês, o Comitê Estadual de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Estado do Acre.

Tudo começa com promessas de conhecer o mundo. Depois o sonho de uma vida próspera se transforma em pesadelo. Os casos de tráfico de seres humanos ocorrem para manter o mercado do sexo, turismo sexual, retirada de órgãos para comercialização, trabalho em condições à escravatura, adoção ilegal de crianças e rituais religiosos. O aliciamento geralmente acontece por meio de pessoas conhecidas das vítimas.

A vice-governadora, Nazareth Araújo destacou que este é um momento onde a união de forças pode fazer uma grande diferença na vida de milhares de jovens vítimas de tráfico humano. “É impressionante que em pleno Século 21 exista a necessidade criarmos um Comitê de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. O combate a essa modalidade de crime não é somente do governo, mas da sociedade. Precisamos nos unir para combater tal prática”, frisou.

Ações Preventivas e Educativas

O secretário de Justiça e Direitos Humanos, Nilson Mourão, enfatizou que o Comitê trabalha com ações preventivas e educativas. “Nosso foco são os aeroportos, rodoviárias, escolas e as áreas de fronteira. O que a gente começa a perceber é que o fenômeno está muito mais perto de nós do que imaginávamos”, ressalta.

Padre Mássimo Lombardi, um dos entusiastas da ideia, chamou atenção ao relatar que o crime acontece de forma escondida. “As pessoas fazem de conta que não sabem do problema, mas ele existe. Precisamos voltar nossos olhos para as escolas, onde acontece o tráfico humano. A sociedade precisa estar atenta e consciente no combate a esta prática e na proteção à vida”, afirmou.

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