O governo do Acre e o Tribunal de Contas do Estado (TCE-AC) apresentaram nesta quinta-feira, 13, o Plano de Ação para Combate aos Riscos na Bacia do Igarapé São Francisco. Em março, durante a maior chuva registrada em Rio Branco nos últimos 60 anos, o manancial transbordou repentinamente e causou muitos prejuízos a moradores de vários bairros da cidade.
O estudo foi apresentado ao governador Gladson Cameli na sede da Secretaria de Habitação e Urbanismo (Sehurb), na capital. A recuperação das matas ciliares, construção de moradias populares, coleta e processamento de resíduos sólidos, infraestrutura paisagística urbana e de controle ambiental, e o fortalecimento da Área de Proteção Ambiental do Igarapé São Francisco estão entre as principais medidas apontadas para amenizar os impactos causados pela cheia.
De acordo com o chefe do Poder Executivo, eventos climáticos extremos serão cada vez mais comuns e prejudiciais à população. O governante citou que o Estado priorizará a questão ambiental e que o apoio da União será muito importante na execução do projeto.
“Fiz um sobrevoo no dia seguinte à enxurrada sobre o Igarapé São Francisco e fiquei bastante comovido com o cenário de destruição. Não podemos aceitar que isso continue se repetindo. O governo, as instituições e a sociedade precisam se unir para encontrar a melhor solução. O Estado está fazendo a sua parte, com a elaboração de um estudo, e vamos procurar o governo federal para nos ajudar com isso”, comentou.
O plano também contempla medidas sustentáveis, que agregam a possibilidade de geração de emprego e renda, como é o caso da criação de viveiros de plantas e o fortalecimento do ecoturismo ao longo do igarapé.
“Queremos construir propostas eficazes para essa problemática da bacia do São Francisco e que, ao mesmo tempo, possam contribuir com a nossa economia. Este é um levantamento prévio e, muito em breve, estaremos apresentando à população um estudo completo com soluções adequadas e definitivas”, explicou Egleuson Santiago, titular da Sehurb.
A iniciativa conta, ainda, com a colaboração das secretarias de Meio Ambiente e Políticas Indígenas (Semapi) e de Planejamento (Seplan); do Instituto de Terras do Acre (Iteracre); da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac); e da Universidade Federal do Acre (Ufac).