“Só porque a gente erra uma vez, não quer dizer que vai errar de novo”, diz um dos socioeducandos entrevistados em um dos curtas-metragens exibidos na última quarta-feira, 26, no Sesc Centro, como parte do encerramento do projeto intitulado “Uma experiência audiovisual: cinema no Centro de Apoio à Semiliberdade, Egresso e Família (Casef)”.
Idealizado pelo produtor cinematográfico Clemilson Farias, o projeto foi realizado com apoio de órgãos como a Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE), o Serviço Social do Comércio (Sesc), e o Instituto Socioeducativo do Acre (ISE).
“Foi uma tentativa de compreender o universo coletivo e particular dos jovens que são amparados pelo Instituto. Superamos muitos obstáculos e, apesar das limitações, os resultados foram positivos”, relatou Clemilson.
A ação teve mais de 20 participantes e foi voltada para jovens em conflito com a lei apoiados pelo ISE. Ao longo das duas semanas de oficinas, debates e produções, temas como abordagem crítica de filmes e documentário foram trabalhados, culminando na produção dos dois curtas-metragens pelos socioeducandos, que receberam certificados de participação.
“É estranho a gente se ver em vídeo, mas depois se acostuma. Um momento muito especial foi o de realizar as gravações. Era tudo novo, foi uma experiência muito bacana”, disse E.C., de 17 anos, um dos participantes do projeto.
Segundo a diretora de Inovação da SEE, Cleide Prudêncio, “a educação deve estar sempre inserida no contexto de formação e de reabilitação social. Por meio do estudo e do estímulo artístico, é possível superar muitas barreiras e conquistar mais vitórias”.