Governo e Prefeitura produzem estudo para atender moradores de rua

Parceria irá construir espaço de acolhimento para facilitar o processo de reinserção familiar

O Governo do Acre e a Prefeitura de Rio Branco irão construir um espaço de acolhimento para moradores de rua e, avaliado caso a caso, buscar o melhor meio de reinserção familiar. Nesse espaço as pessoas terão acesso a alimento e informação. Diagnóstico iniciado em dezembro e concluído no último dia 30 de janeiro mostra que a população que vive nas ruas  são em parte acrianos, hippies ou pessoas que vieram de outros Estados que por motivos diversos optam por morar em logradouros públicos. O abrigo irá facilitar a abordagem dos agentes sociais, em geral impossibilitada pelo estado em que se encontra o morador por causa do uso contínuo de álcool e drogas. "O que a  Prefeitura e o Governo querem é uma reinserção familiar responsável", disse Estefânia Pontes, secretária municipal de Ação Social.

Dos 37 moradores de rua identificados, quinze foram encaminhados para comunidades terapêuticas para tratamento da dependência química e três voltaram a conviver com a família. Cerca de 95% das  pessoas registradas pela pesquisa são dependentes de álcool ou drogas, situação que, de acordo com Estefânia Pontes, requer uma abordagem complexa para recuperação e reinserção familiar.  

Foram identificados 33 homens e quatro mulheres, sendo que 17 deles são de Rio Branco e 20 são de outros Estados e vivem nas ruas por causa de conflitos familiares, identificação da rua como espaço de sobrevivência ou porque são andarilhos que estão de passagem ou são os conhecidos hippies, que durante o dia produzem algum artesanato e não têm lugar certo para passar a noite.  Em comum eles têm a dependência química.

"A presença dessa população não é algo novo mas eles realizam algum trabalho informal e voltavam para casa. De 2007 para cá eles passaram a morar nas ruas", explicou Estefânia. A pesquisa da Ação Social identificou um grupo de cerca de dez pessoas que não passaram pelo cadastramento. "São pessoas que se mostram agressivas, o que dificulta a abordagem", disse.

Compartilhe:

WhatsApp
Facebook
Twitter