O Governo do Acre e a Prefeitura de Rio Branco lançaram hoje, 13, na escola Marília Gabriela Soares, no bairro Dom Giocondo, o projeto Tom Play – Aventuras Musicais, que visa a alfabetização musical e a inclusão digital. Trata-se de um site de desenhos e jogos (www.tomplay.com.br) voltado para as crianças com o objetivo de ensinar teoria musical de maneira divertida através de um teclado exclusivo ligado a um computador com acesso a internet. O personagem principal da brincadeira é Tom, o tamanduá.
O kit facilita a alfabetização musical a custo 40% menor que o processo convencional. Nesta fase de experiência, Governo e Prefeitura investiram R$ 45 mil na implantação do projeto na escola Marília Gabriela, Usina de Arte e Ceflora, em Cruzeiro do Sul. No total, pelo menos 600 alunos da educação infantil serão atendidos nesta primeira etapa.
O projeto é coordenado pelas secretarias de Educação Estado e do município através das fundações Elias Mansour e Garibaldi Brasil. A Escola de Música do Acre (EMA), vinculada à Usina de Arte, mantém os 35 monitores do projeto. "A meta é proporcionar a musicalização infantil e reforçar o leque de ações no ensino", explicou Daniel Zen, presidente da FEM, que teve contato com o projeto em 2007 através do maestro Mário Brasil, da EMA. Brasil esteve em um evento nacional, onde conheceu o Aventuras Musicais. Fez contato com o dono da empresa PPV Informática, Roberto Bittar, criador do kit, e levou a idéia ao presidente da FEM. O Aventuras Musicais está sendo implantado em unidades que possuem núcleos de acesso à internet.
Administrador de empresas, Bittar sentiu quase oito anos passados, quando tinha 45 anos, o desejo de aprender música. Ao ver a dificuldade do processo convencional, iniciou a construção de um programa que pudesse facilitar a aprendizagem principalmente para as crianças.
O projeto foi adotado pelo governo de Minas Gerais, sede da PPV. "No Acre o processo ocorreu de modo mais rápido e eficiente por causa da parceria e do envolvimento institucional em favor do projeto", disse Bittar. O teclado musical utiliza um material conhecido como ABS, que está sendo substituído pelo EVA, borracha sintética. Bittar vê a possibilidade de substituir essa matéria-prima por borracha de látex do Acre.
A secretária de Estado da Educação, Maria Corrêa, elogiou a iniciativa. "É muito bom saber que iniciativas estão sendo tomadas pela inclusão musical na escola". O professor Moacir Fecury, secretário municipal de Educação, ressaltou as parcerias que vêm possibilitando levar os conhecimentos que envolvem informática às escolas.