Com o objetivo de debater sobre as políticas públicas que garantam os direitos sociais da população, iniciou-se nesta sexta-feira, 30, o 2° Encontro de Mulheres Negras e Indígenas do Acre.
O evento é constituído pela parceria entre governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Assistência Social dos Direitos Humanos e de Políticas para Mulheres (SEASDHM) e movimentos sociais.
A solenidade de abertura foi realizada no auditório da Secretaria Estadual de Educação, em Rio Branco, e contou a presença de gestores das entidades parcerias à temática, além de reunir representantes dos municípios acreanos e demais membros da sociedade civil.
“É um momento de luta e resistência. Unimos as mulheres negras e indígenas para evidenciar os nossos direitos e lutarmos por igualdade racial, e principalmente, combater o racismo e o feminicídio”, destaca a representante da Associação de Mulheres Negras do Acre, Almerinda Cunha.
Mesmo que as normas constitucionais garantam a dignidade humana, em termos de realidade concreta, a efetividade desse direito está distante, principalmente quando se trata das mulheres negras e indígenas. Fato que impacta negativamente no cotidiano desta e das futuras gerações.
“Esse encontro demostra que o fortalecimento das políticas públicas de igualdade racial, com recorte de raça e gênero torna-se essencial para a organização e o empoderamento dessas mulheres perante às discriminações e outros tipos de violências.” relata a diretora de Políticas para às Mulheres da SEASDHM, Isnailda Gondim.
Neste sábado, 31, a partir das 8 horas, no auditório da Secretaria de Fazenda, a programação seguirá com rodas de conversas, capacitações, momentos culturais, debates sobre o Estatuto da Igualdade Racial, Lei Maria da Penha, intolerância religiosa, cidadania, entre outros temas.
“As respectivas atividades fazem parte da 9º Quinzena da Mulher Negra, período qual, refletirmos sobre as situações de vulnerabilidades, fazendo com que poder público e sociedade civil sensibilizem seus olhares, e cuidem das mulheres negras e indígenas”, disse o diretor de Gestão da SEASDHM, André Crespo.