Comunidade do Quixadá se reúne para criar cooperativa de produtores
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 A previsão é de que, em cooperativa, os piscicultores possam triplicar a produção (Foto: Assessoria Seaprof) |
Apoiados pelo governo do Estado, por meio da coordenação da Cadeia Produtiva de Piscicultura e da Divisão de Divisão de Cooperativismo e Organização Social, mais de 20 produtores se reuniram na terça-feira, 29, para fundar uma cooperativa de piscicultura e estabelecer critérios sobre o capital social, membros cooperados e deliberações.
Para os que estão iniciando, o governo entrará com maquinário e caberá aos produtores custear o combustível. As máquinas ficarão em cada propriedade até 40 horas, tempo necessário para a construção de tanques de alevinagem e açudes.
A iniciativa dos piscicultores está relacionada à efetivação da Zona de Processamento e Exportação (ZPE), que garantirá a instalação de uma fábrica de ração para alevinos e de um frigorífico para a exportação do peixe produzido e beneficiado.
O papel dos piscicultores vai além da produção e comercialização. O objetivo do governo do Estado é delegar às cooperativas cotas e participação efetiva nas decisões a serem tomadas. Nesse sentido, serão destinadas às cooperativas 20% de participação nos empreendimentos. “A cooperativa será uma empresa e nós, produtores, seremos os donos”, ressalta Rodrigo Luiz Alves, piscicultor.
A previsão é de que, em cooperativa, os piscicultores possam triplicar a produção, o que vai garantir a exportação sem desabastecer o mercado local, ao mesmo tempo em que a fábrica de ração permitirá comprar a preços abaixo dos praticados atualmente.
José Benício: uma história de perseverança e superação
Morador do quilômetro 3 da estrada do Quixadá, o agora piscicultor José Benício viu sua vida mudar quando, no ano de 2005, resolveu trabalhar com a piscicultura. Procurou assistência técnica da Secretaria Estadual de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) e passou a desenvolver um trabalho voltado para a comercialização. A produção anual saltou de 300 quilos para as atuais dez toneladas. Hoje ele conta com seis açudes e tanques.
Antes da piscicultura, José Benício morava em uma casa construída em madeira, medindo aproximadamente 42 metros quadrados. A piscicultura possibilitou a construção de uma casa de dois pisos em alvenaria, além da compra de um caminhão frigorífico.
Vizinhos e parentes também buscaram trabalhar com a produção de pescado e hoje os piscicultores da comunidade do Quixadá são um dos principais responsáveis por abastecer o mercado local.
A propriedade de José Benício recebeu recentemente 12 ovelhas e um carneiro reprodutor, do governo do Estado, para incrementar a produção e gerar mais uma fonte de renda. “Estamos juntos para ganhar. Estamos apostando no governador Tião Viana e o governo está apostando em nós”, afirmou Benício.
Nesta quarta-feira, 30, será a vez de piscicultores de Sena Madureira criarem sua cooperativa. Técnicos da Seaprof vão até o município para auxiliar na fundação e prestar orientações sobre o cooperativismo e associativismo.
