Governo do Acre multiplica investimentos em saneamento básico

Obras e programas de água potável e tratamento de esgoto estão em todo o Estado

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 Até 2010 serão mais de R$ 280 milhões em investimentos.
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"Nunca se investiu tanto em saneamento como no atual governo". A declaração do presidente do Departamento de Águas e Saneamento  do Acre (Deas), José Bestene, serve de base para a política de saneamento básico do Estado, setor que apenas nos dois últimos anos recebeu cerca de R$ 100 milhões em investimentos. Até 2010 serão mais R$280 milhões. Recurso que permitirá garantir rede de coleta e tratamento de esgoto em 75% da cidade de Rio Branco com implantação de 67 quilômetros de rede coletora.

Hoje, 17% do esgoto produzido na cidade é tratado. Segundo a Fundação Getúlio Vargas, o gasto per capita com saneamento do Acre é o maior do País, conforme  o estudo. O Estado investe R$495,77 per capita, valor superior aos praticados nas regiões mais ricas do País. O Rio Grande do Sul, por exemplo, aplica R$304,46. Os recursos são do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal.

E, ainda, o Acre é proporcionalmente ao seu Produto Interno Bruto (PIB)  o segundo Estado com maior investimento em saneamento básico, sendo superado apenas por Tocantins. O ranking da Pesquisa Trata Brasil – Saneamento e Saúde, divulgado em 2008 pela Fundação Getúlio Vargas, informava que o Acre investe 9,83% do PIB em saneamento, Tocantins 10,18% e Roraima, em terceiro lugar, 9,65%. Naquela pesquisa, regiões ricas como o Distrito Federal, Rio Grande do Sul e Paraná aplicavam  2,72%; 2,32% e 2,71%, respectivamente, ocupando as últimas colocações nesse item.

O Deas confirma grandes investimentos em tratamento de esgoto em 2009 em Rio Branco. Novos módulos serão implantados, além da construção de estações completas nos  bairros da Conquista, São Francisco e Segundo Distrito. São cerca de R$ 150 milhões nessas obras. No São Francisco, somando-se à estrutura existente,  o sistema atenderá a 70 mil pessoas. A ampliação do sistema da Conquista permitirá atender a um número equivalente de pessoas.

Em Cruzeiro do Sul e Feijó estão sendo construídas duas estações de tratamento de esgoto. Em Cruzeiro, a primeira etapa da ETE irá atender a pelo menos 30 mil pessoas. Na fase seguinte, cuja construção está prevista para iniciar no próximo ano, a meta é beneficiar mais 30 mil pessoas.  Em Feijó, a estação atenderá a 20 mil pessoas.

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Deas investe para garantir água potável e saúde à toda população do Estado

 Na questão do abastecimento de água  a meta do Governo é ainda mais ousada: O Deas irá levar água potável a 100% dos moradores das cidades. Na zona rural, os programas consideram as Zonas de Atendimento Prioritário (ZAPs) e municípios onde há inicidência de malária, como Rodrigues Alves, Mâncio Lima, Cruzeiro do Sul, municípios onde o Deas começa na próxima semana a investir R$ 15 milhões no programa de drenagem ambiental para enfrentamento à malária, cuja incidência caiu muito em 2008 e o Governo do Estado atua para derrocá-la ainda mais.  A drenagem ambiental é uma série de atividades como limpeza de lagos, bordas de açude, bueiros, esgoto e outras.

Comunidades recebem unidades sanitárias

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Parceria com a Funasa amplia rede de abastecimento de água também em projetos de assentamento

Em parceria com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) o Governo do Estado está ampliando o programa Melhorias Sanitárias Domiciliares. Serão construídas 1,2 mil novas unidades em  projetos de assentamentos localizados entre Capixaba e Assis Brasil. Os investimentos chegam a R$7 milhões.   

As  comunidades do interior também  já começaram a receber rede de água potável. Em 2009,  com recursos da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), será iniciado o programa Água na Escola, que irá implantar sistema de captação e tratamento de água em estabelecimentos de ensino nas 79 comunidades rurais e ramais espalhados pelo Estado. O programa receberá investimentos de R$3,6 milhões. Em cada unidade será aplicado R$45 mil.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que a questão do esgoto e a má qualidade da água é hoje o maior problema de saúde do mundo, tendo em vista que pelo menos 60% das internações acontecem por conta de doenças transmitidas pela água.

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