Poronga forma 260 alunos em Feijó

Programa também certificará alunos em Tarauacá e Cruzeiro do Sul

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Um das práticas utilizadas pelo Poronga é elevar a autoestima dos alunos e despertar o interesse e o gosto pela sala de aula (Foto: Cedida)

"É um orgulho ver meu filho se formando no Poronga. Viemos do seringal morar na cidade para ele estudar e conseguir realizar seu sonho". Foi assim que a dona de casa Roberlania Ferreira declarou emocionada a conquista de seu filho Raimundo Ferreira, de 14 anos, na formatura do Projeto Poronga realizada na última quinta-feira, 05, no município de Feijó.

A cerimônia de formatura que certificou 260 estudantes com ensino fundamental ocorreu na igreja Assembléia de Deus e reuniu professores, supervisores, coordenação do projeto, o prefeito de Feijó, Juarez Leitão, e a representante da Secretaria de Estado de Educação, Cardocy Paiva.

Com esta formatura, o Projeto Poronga que tem como meta a aceleração da aprendizagem de 5ª à 8ª série do Ensino Fundamental de alunos em distorção idade/série, já certificou em 2008, 693 concluintes, atingindo os municípios de Brasiléia, Epitaciolândia, Xapuri e Sena Madureira. Nesta sexta-feira, 06, será a vez de mais 330 adolescentes do município de Tarauacá concluírem o ensino fundamental, e no sábado a conquista chega para 418 jovens de Cruzeiro do Sul.  

Para o prefeito, Juarez Leitão, o programa é uma oportunidade para os municípios diminuírem as distorções e contribuírem com o futuro dos estudantes. "O Poronga é o primeiro passo para os jovens que buscam uma faculdade. Depois deste programa, tenho certeza que outras conquistas virão e que as porongas continuem a iluminar nossos estudantes", declarou o prefeito.

A diretora da escola estadual Raimundo Augusto, Vanda Aguiar, disse que depois que abriu salas do Poronga na unidade de ensino, houve uma diminuição significativa na distorção. "Hoje conseguimos uma correção em torno de 94% e queremos chegar em 2010 na nossa escola com 100% dos alunos em idade séries regulares "afirma a gestora.

. A estudante da escola Nanzio Magalhães, Benedita Nascimento, de 15 anos, é um exemplo de que a metodologia tem dado certo. "Estava sem estímulo nenhum para voltar a estudar, mas o programa me fez acreditar que sou capaz, além de permitir que eu terminasse em pouco tempo meus estudos. Quero agora concluir o ensino médio e fazer uma faculdade de direito", concluiu Benedita.

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