emergência climática

Governo do Acre, Instituto Jardim Botânico e Ipam firmam cooperação para implementação de Projeto Biomassa & Carbono

O governo do Estado do Acre, por meio da Companhia de Desenvolvimento de Serviços Ambientais (CDSA), assumiu um importante compromisso para o enfrentamento da emergência climática, por meio da celebração da parceria com o Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) e o Instituto de Pesquisas da Amazônia (Ipam) para execução do Projeto Biomassa & Carbono. O evento foi realizado nesta terça-feira, 20, na sede do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro.

Cooperação irá possibilitar a execução de Projeto Biomassa & Carbono em Unidades de Conservação do Acre. Foto: cedida

O governador Gladson Cameli esteve representado pelo secretário de Assuntos Governamentais, Alysson Bestene, acompanhando do presidente da CDSA, José Luiz Gondim, do presidente do Conselho de Administração da CDSA, Ernandes Negreiros, da diretora técnica da CDSA e coordenadora do Projeto Biomassa e Carbono, Rosangela Benjamim, e do assessor da Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz) e membro da equipe de transição, Luíz Calixto. O chefe-geral da Embrapa Acre, Bruno Pena Carvalho e a deputada federal eleita, Socorro Neri, também estiveram presentes ao ato.

Autoridades representaram o governo do Estado em assinatura de Termo de Cooperação Técnica com o Jardim Botânico e Ipam. Foto: cedida

Representando o Instituto Jardim Botânico do Rio de Janeiro, o diretor de Pesquisa Científica Renato Crespo e Eugênio Pantoja, diretor do Instituto de Pesquisa da Amazônia (IPAM). Estiveram presentes também o superintendente do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), Manoel Serrão e o representante do Consulado Americano (US) no Rio de Janeiro, Alton King.

A apresentação do Projeto Biomassa & Carbono foi realizada pelos pesquisadores Bruno Kurtz e Marinez Siqueira, do JBRJ, e a diretora técnica da CDSA, Rosangela Benjamim. A proposta tem como base a aplicação de estudos realizados pela equipe de pesquisadores e estudantes do Jardim Botânico.

Os estudiosos desenvolvem um método para quantificar o estoque de carbono acima do solo. Com base nessa metodologia, o Acre pretende qualificar as informações sobre os ativos florestais e da biodiversidade nas unidades de Conservação (UCs).

A apresentação do Projeto Biomassa & Carbono foi realizada pelos pesquisadores Bruno Kurtz e Marines Siqueira e a diretora técnica da CDSA, Rosangela Benjamim. Foto: cedida

O que disseram

“O Jardim Botânico do Rio de Janeiro, por meio de seu instituto de pesquisa, tem como missão realizar e difundir pesquisas científicas visando a conservação e a valoração da biodiversidade. Firmamos essa importante parceria com o Estado do Acre, no qual iremos dispor da pesquisa desenvolvida no JBRJ em unidades de Conservação para que tenhamos um projeto piloto ‘Biomassa & Carbono’ nas Unidades de Conservação do Acre”, destaca o diretor de Pesquisa do Instituto Jardim Botânico do RJ, Renato Crespo.

“Essa cooperação aproxima o desenvolvimento científico das políticas de valorização dos ativos ambientais do Estado do Acre, investindo em qualificação e novos programas, de forma que o Acre continue na liderança deste processo, com o objetivo final de atrair recursos para o fortalecimento do Sistema de Incentivo a Serviços Ambientais, o Sisa”, explicou o secretário de Assuntos Governamentais, Alysson Bestene.

“Importante compreender que a relação entre a CDSA, o Jardim Botânico e o Ipam está na esteira central da mudança no modelo de desenvolvimento, em que a geração de riqueza é encarada sob uma perspectiva da exploração das riquezas do meio ambiente baseada na evidência científica com fins mais justos e solidários quanto à repartição dos resultados à sociedade. Assim, o governo Gladson Cameli busca mais eficiência e justiça com convergência de esforços políticos, econômicos, sociais e ambientais com a exploração inteligente dos recursos naturais, geração de riqueza e cuidado com as pessoas”, destaca José Gondim.

“Celebramos essa importante relação com a missão de somar esforços para uma Amazônia ambientalmente saudável, economicamente próspera e socialmente justa. Acreditamos que a produção de conhecimento, implementação de iniciativas locais e influência em políticas públicas, irá impactar o desenvolvimento econômico, a igualdade social e a preservação do meio ambiente e, assim, gerar oportunidades de investimento e conectar mercados de serviços ambientais e do agronegócio para o desenvolvimento econômico de baixas emissões do estado do Acre”, reforça Eugênio Pantoja, diretor do Ipam.

“Parabenizo essa importante iniciativa, que possibilitará o levantamento da biomassa e do estoque de carbono, de modo a transformá-los em ativos ambientais para o desenvolvimento econômico sustentável inclusivo do Acre. Coloco o meu mandato à disposição de ações voltadas a essas práticas, de forma a gerar renda para a população acreana”, disse a deputada federal eleita, Socorro Neri.

A cooperação prevê, ainda, a oferta para os cursos de mestrado e doutorado em Biodiversidade em Unidades de Conservação ENBT/JBRJ aos servidores do governo do Estado do Acre, explica a coordenadora da Pós-graduação Profissional na Escola Nacional de Botânica do IJBRJ, Marinez Siqueira. A seleção pública está disponível pelos links:

Doutorado
https://w2.solucaoatrio.net.br/somos/jbrj-mpenbt/index.php/pt/downloads/finish/46-edital/104-edital-doutorado-profissional-turma-2023.
Mestrado
https://w2.solucaoatrio.net.br/somos/jbrj-mpenbt/index.php/pt/downloads/finish/46-edital/105-edital-mestrado-profissional-turma-2023

Saiba mais

Projeto Biomassa & Carbono tem como objetivo beneficiar a sociedade como um todo por meio do conhecimento científico sobre as estruturas das Unidades de Conservação do território acreano. Entre as pesquisas está previsto um levantamento detalhado da estimativa da biomassa e do carbono no Acre. A ideia é apoiar e melhorar a precisão nas informações sobre o bioma Amazônia para avaliar questões relacionadas à mensuração e estoque de carbono.

Projeto Biomassa & Carbono possui metodologia voltado para desenvolvimento de sistema de monitoramento, intercâmbio científico e formação. Foto: ilustrativa/cedida

Os mapas desenvolvidos serão utilizados como base de ferramentas de políticas públicas de valorização dos ativos ambientais e estimativas de balanço de carbono, o que potencializa a participação do Estado no mercado de carbono global. Com amparo nas pesquisas, será possível dar resposta aos desafios que a Amazônia e o Brasil enfrentam e os compromissos assumidos pelo Acre perante à comunidade internacional, abrindo novas oportunidades para o financiamento de políticas de desenvolvimento sustentável.