Governo do Acre entrega novo lote de ovelhas aos produtores de Capixaba

Secretaria de Agricultura e Pecuária adquiriu um total de 7,4 mil fêmeas e 600 machos na Bahia e está  cedendo os animais através de termo de comodato

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A ovinocultura exige menos espaço do que a pecuária. É especialmente recomendada para produtores como a maioria dos que estão instalados em Capixaba (Foto: Angela Peres/Secom)

O secretário de Agricultura e Pecuária (Seap), Mauro Ribeiro, entregou na manhã desta sexta-feira, 29, mais um lote de ovelhas e carneiros reprodutores. Dessa vez, os beneficiados foram os produtores do município de Capixaba e entorno. Cada produtor recebeu um lote com 12 ovelhas da marca Santa Inês e um carneiro reprodutor da marca Dorper. Ao todo, 30 produtores foram beneficiados.

Este é o terceiro lote entregue pelo governo do Estado e o segundo entregue neste mês. Eles fazem parte do programa de incentivo à ovinocultura, implantado pelo governo do Estado no início deste ano. O governo adquiriu um total de 7,4 mil fêmeas e 600 machos na Bahia e está cedendo os animais aos produtores através de termo de comodato. A cada mês, novo lote é entregue a produtores previamente cadastrados. Para serem beneficiários, eles têm que atender a uma série de exigências que vão desde a aptidão para a criação de ovelhas à área apropriada para o destino dos animais.

Mauro Ribeiro, durante o evento, falou aos produtores de suas responsabilidades para com o programa. Ele pediu que cada um deles retribua a confiança que o governo do Estado teve para com eles e contribuam para ampliar o programa. “Este é um programa que valoriza o pequeno produtor. Ele foi criado para promover uma cadeia produtiva que não era muito valorizada há até pouco tempo, mas que dá um retorno rápido e que não precisa de grandes espaços nem de muita mão-de-obra para prosperar”, explicou.

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Para serem beneficiários, os produtores têm que atender a uma série de exigências que vão desde a aptidão para a criação de ovelhas à área apropriada para o destino dos animais (Foto: Angela Peres/Secom)

A ovinocultura exige menos espaço do que a pecuária. É especialmente recomendada para produtores como a maioria dos que estão instalados em Capixaba. Ali, as propriedades são, em média, de 15 ou 20 hectares. O manejo também é  simples e não requer grandes conhecimentos, mas exige cuidados e uma boa higiene – nada que não possa ser providenciado pela própria família.

Esse é o caso do produtor Marcos Aurélio Macedo da Silva, morador do Ramal Jarina, no projeto Alcoobras. Em sua propriedade, de 16,5 hectares, ele já criava algumas ovelhas, o que facilitou na hora da seleção de produtores feita pela Seap.  “Eu acho que criar ovelhas é uma ótima opção. Essa é a única coisa que dá dinheiro lá para nós”, disse o produtor.

Marcos Aurélio é casado e tem dois filhos – um de nove e outro de 12 anos. Mulher e filhos são os que o ajudam no trato com os animais. “A gente bota os bichos no campo e não precisa ficar botando comida na boca, como galinha e porco”, explica Aurélio. “A mulher e os meninos são os que cuidam. Não precisa muita gente.”

O prefeito de Capixaba, Joás Santos concorda com a facilidade no manejo de ovelhas e carneiros. Ele acredita que essa é a cultura ideal para os produtores do município. “Capixaba é propício para essa cultura. A nossa zona rural é composta por pequenos produtores”, afirmou Santos. O prefeito aproveitou a oportunidade para elogiar o governo do Estado pela iniciativa. Segundo ele, essa é uma alternativa economicamente viável para a região. “Essa é uma grande saída econômica para que esses pequenos produtores possam ter um importante incremento em suas rendas familiares”, disse.

Raimundo França Castro, do ramal Eletrônico, tem uma área de terra um pouco maior: 50 hectares. Lá, ele já  criava 51 ovelhas e carneiros. As que recebeu da Seap devem ampliar sua criação e promover a melhoria genética do rebanho. As marcas Santa Inês e Dorper são consideradas as de maior produtividade. “Eu já criava Santa Inês, inclusive o macho. Agora, com o reprodutor Dorper, vou poder melhorar muito a minha criação”, afirmou.

Castro disse que o que mais o atrai na ovinocultura é a lucratividade. As fêmeas têm em média três crias por ano. De cada uma, é possível parir de dois a três animais. Se essa média de dois se mantiver, cada fêmea parirá  seis outros animais a cada ano. “As ovelhas estão prontas para o abate depois de 120 dias de nascidas”, frisou Raimundo. Com essa idade, cada carneiro pode ser vendido por cerca de R$ 50.


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