Governo do Acre e Instituto Butantan trocam experiências no acompanhamento da pandemia de Covid-19

Em videoconferência realizada na tarde desta quinta-feira, 28, representantes do governo do Estado e do Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19 no Acre se reuniram com representantes do Instituto Butantan, em São Paulo, para uma troca de experiências dos modelos de acompanhamento do avanço da pandemia de Covid-19.

Durante o encontro, os membros do Comitê apresentaram para a diretora de Projetos Estratégicos do Butantan, Cíntia Lucci, as diretrizes estabelecidas pelo Pacto Acre Sem Covid, a ferramenta estadual de gestão da crise sanitária e socioeconômica causada pela pandemia de Covid-19, que divide o grau de avanço da doença por bandeiras. O modelo foi inspirado naquele adotado em São Paulo e Pernambuco.

Secretário de Estado de Saúde, Alysson Bestene, esteve presente na videoconferência Foto: Arquivo.

Cíntia Lucci elogiou o trabalho desenvolvido pelo comitê acreano e fez sugestões do que poderia ser modificado para aprimorar dados, ressaltando que é necessário entender o que vem pela frente e se preparar, observando o número de casos e usando sistemas estatísticos. A diretora ainda ofereceu uma oportunidade de integração entre as equipes de tecnologia da informação do Acre e do Butantan, para possíveis aprimoramentos.

“Ficamos felizes por ver um estado com um grupo tão competente na formação de seu comitê de acompanhamento, junto com pessoas de grande saber técnico. É um alívio poder conversar com vocês e realizar essa troca de experiências”, afirmou a diretora.

A coordenadora do Pacto Acre Sem Covid, Karolina Sabino, agradeceu a troca de experiências Foto: Odair Leal/Secom

O procurador-geral do Estado, João Paulo Setti, que esteve presente à reunião, relatou ainda o apoio que o Acre tem recebido, inclusive com interesse do órgão paulista em estudar o avanço da pandemia entre os povos indígenas do estado. A coordenadora do Pacto Acre Sem Covid, Karolina Sabino, também agradeceu a troca de experiências.

“Agradecemos por nos ouvirem e a chance de aprender com vocês. Temos muitos desafios comuns em nossos estados, e parcerias que podemos construir, como esta, são essenciais para enfrentá-los”, completou Karolina.

Pacto Acre Sem Covid

De acordo com o método definido pelo Pacto, a classificação em nível de risco é realizada conforme a delimitação territorial das regionais de Saúde do estado, a saber:  região do Alto Acre (Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia e Xapuri), Baixo Acre e Purus (Acrelândia, Bujari, Capixaba, Jordão, Manoel Urbano, Plácido de Castro, Porto Acre, Rio Branco, Santa Rosa do Purus, Sena Madureira e Senador Guiomard) e a região do Juruá e Tarauacá-Envira (Cruzeiro do Sul, Feijó, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter, Rodrigues Alves e Tarauacá).

A classificação em níveis de risco (bandeiras), expressa por meio de uma nota geral que varia de 0 a 15, é obtida por meio da mensuração de sete índices, sendo eles: isolamento social, notificações por síndrome gripal, novas internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave, novos casos por síndrome gripal Covid-19, novos óbitos por Covid-19, ocupação de leitos clínicos Covid-19 e ocupação de UTIs Covid-19.

Os níveis de classificação de risco foram divididos em Vermelho, Laranja, Amarelo e Verde, respectivamente do mais restritivo para o mais flexível. A cada 14 dias é realizada uma nova avaliação dos indicadores, cabendo às prefeituras realizar a autorização das atividades permitidas no respectivo nível de risco apurado por meio de decreto municipal, bem como a instituição de protocolos sanitários a serem seguidos pelos setores da economia que estejam autorizados a funcionar.

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