Governo transfere base de apoio aos haitianos para Rio Branco

Cerca de 20 mil pessoas já passaram pela cidade de Brasileia até agora (Foto Luciano Pontes/Secom)
Cerca de 20 mil pessoas já passaram pela cidade de Brasileia até agora (Foto Luciano Pontes/Secom)

O secretário de estado de Direitos Humanos, Nilson Mourão, informou na tarde desta terça-feira, 8, o desativamento do abrigo de imigrantes em Brasileia. A ação faz parte de uma política conjunta entre os governos do estado e federal.

Nos últimos três anos, cerca de 20 mil pessoas já passaram pela cidade de Brasileia. Só no mês de março, aproximadamente 2.500 tiveram que aguardar para seguir viagem, em virtude das enchentes que provocaram o bloqueio da BR-364.

“Entendemos que Brasileia colaborou até o seu limite, e é em respeito a isso que o governo do Estado comunica a desativação do abrigo, agradecendo aos cidadãos do município pela compreensão e respeito à situação delicada vivida por essas pessoas ao longo desses três anos”, declarou Nilson Mourão.

O secretário informou ainda que, juntos, governos do estado e federal já tiveram gastos que alcançaram os R$ 15 milhões.

Cerca de 700 pessoas – dominicanos, haitianos e senegaleses – serão transferidas para Rio Branco até sexta-feira, 11. O Parque de Exposições será o local de acolhimento, onde será aguardado o embarque – sábado, 12.

Equipes das secretarias de Defesa Social (Seds) e de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) acompanham a chegada ao abrigo e providenciam a viagem, que será de avião até Porto Velho (RO) e depois segue de ônibus, com destino a capital paulista.

Funcionamento no abrigo

“No abrigo do Parque de Exposições serão identificados os que poderão seguir viagem e aqueles que ainda necessitam emitir documentação [visto, carteira de trabalho e CPF]. Além de alimentação e dos serviços de atendimento à saúde e segurança, que já recebiam em Brasileia”, informa Antônio Torres, secretário da Seds.

Em São Paulo haverá um local de referência para imigrantes que utilizam outras rotas de chegada ao país além do Acre, construído pelo governo federal.

Aqueles que continuarem a usar o Acre como rota serão orientados na Alfândega de Assis Brasil sobre as mudanças, devendo seguir viagem até Rio Branco para conseguir abrigo.

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