Política pública de inclusão digital pretende levar internet “banda larga” para todo Acre, inclusive às comunidades mais isoladas. A experiência é inédita no mundo
Veja a galeria de fotos |
{xtypo_rounded2} O que é a USTDA? A Agência de Comércio e Desenvolvimento dos Estados Unidos (USTDA) é um órgão do governo norte-americano que financia várias formas de assistência técnica, análise prévia de investimento, treinamento, visitas de orientação e workshops de negócios para apoiar o desenvolvimento de uma infra-estrutura moderna e de um ambiente comercial justo e aberto. O uso estratégico que a USTDA faz das verbas de assistência externa para apoiar políticas sólidas de investimento e tomadas de decisão em países anfitriões cria um ambiente propício para o comércio, o investimento e o desenvolvimento econômico sustentável. Ao levar adiante sua missão, a USTDA destaca setores econômicos que podem ser beneficiados com a exportação de bens e serviços dos EUA.{/xtypo_rounded2} |
O Governo do Acre realizou acordo com a Agência de Comércio e Desenvolvimento dos Estados Unidos (USTDA) para a implementação do maior projeto de inclusão digital do Brasil. O “Floresta Digital” é um projeto que possibilita acesso à internet com banda larga em qualquer local do estado do Acre. A cobertura será de 100% da área, inclusive nas comunidades mais isoladas dos centros urbanos. A meta do Governo do Acre é tornar real o projeto até 2010. “Não há outra experiência desse porte em nenhum lugar do mundo”, esclarece Mâncio Cordeiro, secretário de Fazenda e coordenador da Área de Gestão Pública do Governo do Acre.
Mâncio Cordeiro representou o Governo do Acre durante assinatura do Acordo de Subsídio com a USTDA. Pelo acordo, a Agência de Comércio e Desenvolvimento dos Estados Unidos se compromete a realizar um estudo técnico para apontar qual ferramenta tecnológica deve ser utilizada para garantir a implementação do projeto “Floresta Digital”. Esse estudo é avaliado em US$ 573,8 mil, recurso integralmente custeado pela agência norte-americana. DE acordo com a embaixada dos Estados Unidos, “o estudo também incluirá um exame das questões legais e regulatórias relacionadas com parcerias público-privadas e uma análise de impacto ambiental”.
Pela USTDA, assinou o acordo o diretor da agência, Lary Walter. . A solenidade de assinatura aconteceu hoje, na sede da embaixada dos Estados Unidos, em Brasília.
Para Mâncio Cordeiro, a formulação do “Floresta Digital” só foi viável porque encontrou ambiente político favorável. “Um programa como esse só é possível porque o governador Binho entende o acesso à internet como uma forma de modernizar o atendimento ao público e também porque ele avalia o acesso à informação como um direito que deve estar à disposição de todos”, disse. Cordeiro lembra também que a concepção de “Governo Único” (ação integrada de serviços públicos oferecidos ao cidadão) só tem eficiência com o acesso à rede mundial de computadores.
O “Floresta Digital” é diferente de outras experiências já realizadas na região sudeste do Brasil. Em Piraí (RJ), a prefeitura executou um amplo programa de inclusão digital. Mas, de acordo com Mâncio Cordeiro, a experiência acreana é diferente porque não se limita à zona urbana.
* Com informações da assessoria da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil