Governo discute ações integradas para redução do desmatamento

Integração entre órgãos ambientais e de produção devem promover maior redução do desmatamento (Foto: Edna Medeiros/Secom)
Integração entre órgãos ambientais e de produção deve promover maior redução do desmatamento (Foto: Edna Medeiros/Secom)

Representantes dos setores ambiental e produtivo do Acre estiveram reunidos durante dois dias para discutir a revisão do Plano Estadual de Prevenção e Controle do Desmatamento (PPCD). Quando o plano foi criado, em 2008, ele apresentava uma meta de redução do desmatamento de 80% até 2020. Graças à implantação de políticas públicas de conscientização, combate e fiscalização, 57% do desmatamento foi reduzido de 2008 a 2015.

Atualmente o Acre vive outro momento. O cenário é de eventos extremos e diversas consequências da intensidade das mudanças climáticas. “Estamos vivendo um aquecimento do nosso planeta. No caso da Amazônia, o desmatamento é um dos grandes responsáveis pelo efeito estufa. Por isso, estamos repactuando ações integradas que possam colaborar de maneira ainda mais eficaz para a baixa emissão de gases de efeito estufa e, portanto, cumprir com as negociações internacionais”, disse a diretora-presidente do Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação dos Serviços Sustentáveis do Acre (IMC), Magaly Medeiros.

O Acre já reduziu aproximadamente 60% de área desmatada, nos últimos dez anos (Foto: Angela Peres/Secom)
O Acre já reduziu aproximadamente 60% de área desmatada nos últimos dez anos (Foto: Angela Peres/Secom)

O titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Edegard de Deus, diz que o plano proporcionou muitos avanços ao Estado, mas ainda precisa alcançar sua principal meta. “Nosso grande objetivo é alcançar os 80% de redução. Já estamos quase nos 60%, e isso é uma grande vitória. Mas o momento agora é de traçar outras metas e outra estratégia. O Cadastro Ambiental Rural [CAR] será uma importante ferramenta de controle e monitoramento de desmatamento”, afirmou.

O governo do Estado tem trabalhado no oferecimento de alternativas que garantam a renda dos agricultores e a preservação das florestas nativas.

“Estamos afinando a integração entre as ações de produção e de meio ambiente. O governo adotou um modelo de desenvolvimento econômico que contempla o pequeno produtor, reaproveitando áreas abertas para a realização de atividades, como a piscicultura, por exemplo, e investindo em alternativas que façam com que essas famílias tenham sua renda garantida, sem desmatar, sem queimar”, ressaltou a chefe da Casa Civil, Márcia Regina Pereira.

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