Governo destina R$ 1 milhão para catadores de resíduos sólidos do Acre

Recursos na ordem de R$ 1 milhão foram anunciados pela primeira-dama do Estado (Foto: Assessoria Sema)
Recursos na ordem de R$ 1 milhão foram anunciados pela primeira-dama do Estado (Foto: Assessoria Sema)

Durante o Seminário Pró-Catador, promovido pelo Ministério Público do Acre, a primeira-dama do Estado, Marlúcia Cândida, anunciou a disponibilização de  R$ 1 milhão para o fortalecimento do trabalho dos catadores de resíduos sólidos em todos os municípios acreanos.

Os recursos ajudarão a criar as condições necessárias para que o trabalho de coleta seletiva do lixo, envolvendo separação, limpeza e reaproveitamento, possa ganhar maior escala e possibilidade de negócios, além de promover a organização e capacitação da categoria.

Segundo a primeira-dama o apoio é devido ao reconhecimento da importância do trabalho realizado por catadores, tanto para a sociedade, como para o meio ambiente.

“Esta categoria colabora com a sociedade uma vez que realiza uma ação inteligente e produtiva sobre os resíduos sólidos, além de formatar uma nova mentalidade, que é necessária tanto à economia, quanto ao meio ambiente. Sua atividade deixa claro que lixo é apenas o que não pode ser reaproveitado, todo o restante é, na verdade, uma possibilidade renda.”

O gerenciamento dos recursos fica sob a responsabilidade de uma parceria entre Secretaria de Pequenos Negócios e a de Meio Ambiente (Sema), que já acompanham as duas cooperativas de catadores organizadas no Estado, o Catar e a Acresoqui.

Pedro Moares, do Conselho Fiscal do Catar e representante nacional dos catadores no Acre, avalia que os recursos vêm em boa hora, uma vez que a necessidade de organização e equipamentos é grande. “O recurso será destinado a todos os municípios do Acre, visando o trabalho de catadores que estiverem organizados.”

Márcia Maria Souza, responsável pelo Departamento de Economia Solidária do Estado do Acre, frisa que o montante não serve apenas para as cooperativas já formalizadas, mas destina-se às informais também, onde ainda não há organização e planejamento de autogestão.

“É importante salientar que este mercado é promissor, mas precisamos de organização e logística. Já estamos executando a comercialização de papelão reciclado, por exemplo, com outros países. No momento, estamos firmando um contrato com empresários peruanos para a comercialização de 30 toneladas deste material”.

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