Orçada em R$ 36,5 milhões, a obra da rodovia AC-405 vai garantir mais mobilidade para região do Vale do Juruá. No intuito de avançar com a obra, em setembro, o governo do Estado, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem do Acre (Deracre), concluiu um levantamento de informações em campo e pesquisa arqueológica no segundo lote da estrada, em Cruzeiro do Sul.
Por exigência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), uma equipe do Núcleo de Meio Ambiente do Deracre buscou verificar os possíveis impactos e prejuízos ao patrimônio cultural da região, além de garantir o licenciamento ambiental da obra.
O trabalho foi coordenado pela chefe do Núcleo de Meio Ambiente do Deracre, Leidiane Pereira, acompanhada da arqueóloga da autarquia, Franciele Silva, responsável pelas pesquisas.
De acordo com a arqueóloga, a equipe especializada executou uma busca minuciosa com prospecção em superfície e subsuperfície, além da coleta de dados e análise do solo da estrada. Franciele ressalta que o processo é essencial para garantir a proteção ao patrimônio histórico.
“Executamos esse trabalho na intenção de saber se havia indícios de vestígios arqueológicos ou se houve alguma ocupação na região; analisamos o solo, coletamos dados e produzimos um relatório”, enfatiza.
Segundo Franciele, as informações coletadas serão submetidas à apreciação do Iphan. “Enviaremos um relatório com todas as informações exigidas pelo Iphan e, com a aprovação do mesmo, os trabalhos de ampliação e duplicação do lote 2 da AC-405 devem ser iniciados”, afirmou.
No contato com os servidores do Deracre em Cruzeiro do Sul, a equipe de Meio Ambiente da autarquia aproveitou a oportunidade para apresentar o processo de trabalho executado na estrada. O relatório conclui que não houve alguma ocupação na região e que não foram encontrados vestígios.
“Fomos muito bem recepcionados pela gerencia regional e aproveitamos a oportunidade para explicar um pouco do nosso processo de trabalho e objetivo da equipe, que foi concluído com êxito e demonstrou que não foi encontrada nenhum vestígio arqueológico”, destacou a arqueóloga.