O Acre viveu em 2015 um dos invernos mais rigorosos de sua história. Em Tarauacá, o aumento no volume de chuvas fez com que a cidade fosse atingida por mais de dez enchentes só este ano.
Além das alagações, as chuvas trouxeram prejuízos também aos criadores de peixes. A quantidade excessiva de água destruiu parte dos açudes construídos pelo governo do Estado, por meio do programa de piscicultura.
Segundo levantamento do escritório da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) do município, dos 500 açudes construídos na região nos últimos anos, 78 precisam ser recuperados.
Esse trabalho já começou a ser realizado. Na tarde de sexta-feira, 21, as máquinas trabalhavam na propriedade de Manoel Cavalcante, morador do Polo Agroextrativista de Tarauacá. Ele aguarda ansioso o término do trabalho para começar sua criação de peixes.
“O peixe é importante tanto para a alimentação da minha família quanto para vender e conseguir uma renda a mais para colocar as coisas dentro de casa”, afirma Cavalcante.
O ritmo de trabalho é acelerado. Com o empenho da equipe que opera as máquinas e que faz o acompanhamento técnico,está sendo possível a recuperação, em média, de dois açudes por dia.
Narcélio Silva, gerente do escritório da Seaprof em Tarauacá, explica que caso o trabalho de recuperação continue fluindo normalmente, deve ser possível terminar a recuperação dos 78 açudes e ainda construir alguns novos este ano.
“Nossa prioridade é recuperar os açudes que deram problema por causa das chuvas. Mas, é claro, se tivermos tempo, vamos construir novos tanques e açudes e ampliar ainda mais o programa da piscicultura no nosso município”, pontuou.