O Complexo Industrial Florestal será reativado em Xapuri, até o próximo ano. A planta do empreendimento, que já funcionou como uma fábrica de tacos, desta vez está sendo concebida para funcionar como o local de beneficiamento de madeira. A notícia foi dada ao governador Tião Viana nesta semana, na Casa Civil, pelo secretário de Desenvolvimento da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis, Sibá Machado, juntamente com o diretor da Agência de Negócios do Acre (Anac), Inácio Moreira Neto, e os novos sócios da indústria – que pertencem ao grupo de investidores Agronlog.
Segundo um dos sócios do grupo, o engenheiro Alison Cerqueira, os investimentos no Acre serão feitos com o objetivo de viabilizar uma operação constante, com a agregação de valor aos produtos e a elevação da competitividade de mercado.
“Fizemos um levantamento de mercado para ver a possibilidade de negócios, e nos sentimos seguros em investir no Acre pelo cumprimento à legislação e organização do estado. Além disso, levamos em conta a posição logística e a saída para o Oceano Pacífico, para expandir futuramente ao mercado exterior”, declarou Cerqueira.
Para o presidente do grupo, Flávio Vera Penna, a parceria é importante, tendo em vista que 86% do Acre ainda é composto por floresta intocada. “Se o trabalho é bem feito, é possível que gere mais renda de forma sustentável do que cortando a madeira para não ter nada de atividade econômica”, frisou.
De acordo com Moreira Neto, toda a parte de manutenção de máquinas, reparos, reforma e reajustes no local serão feitos nos próximos dias, para que até 2017 se inicie a contratação de pessoal para o beneficiamento da madeira.
“Esse é um projeto que o Estado já havia feito todo o estudo da cadeia produtiva. É uma indústria que já funcionou e só precisava do incentivo de investidores para fomentar a operação. Agora temos a certeza de que essa parceria com a iniciativa privada trará uma nova visão de mercado, agregando valor a esse produto”, afirma.
Na ocasião, Sibá Machado completou: “Mais um grande passo para a economia do Acre, com processamento e industrialização. Acredito, ainda, que só em Xapuri poderemos chegar à geração de pelo menos 200 empregos diretos”.