Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta-feira, 19, o governador do Acre, Tião Viana, anunciou o ingresso do Exército para somar esforços às polícias Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal no combate ao crime organizado no Acre.
A entrada dos militares é para fiscalizar as rodovias que dão acesso às fronteiras com a Bolívia e o Peru.
“Essa disputa por território entre facções está ocorrendo em todo o Brasil entre grupos rivais nacionais e regionais. A problemática pelo tráfico se dá entre as 27 unidades federativas, mas os secretários de Segurança estão em um diálogo integrado, ou seja, trocando informações para fortalecer a segurança pública de cada unidade da federação”, explicou o governador Tião Viana.
As polícias já estão com o efetivo reforçado na cidade, a fim de saturar os pontos identificados pela inteligência como os mais vulneráveis. Segundo o comando do 4º Batalhão de Infantaria e Selva (4º BIS), o Exército não medirá esforços.
“Iremos intensificar as ações de vigilância na linha de fronteira. Será instalado um posto de controle nas entradas e saída de Rio Branco, com postos de controle e bloqueio para ajudar na sensação de segurança, coibindo qualquer ação do crime organizado na cidade de Rio Branco”, enfatizou o comandante do 4º BIS tenente-coronel Medeiros Júnior.
Recursos da União contingenciados
O governador Tião Viana disse ainda que irá solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Ministério da Justiça (MJ) a liberação do Fundo Penitenciário Nacional, onde há R$ 2 bilhões contingenciados.
“Essa verba é um dinheiro dos estados, por direito, mas a matéria está judicializada no STF”, complementou o governador.
Segundo o Tião Viana, o Acre tem um repasse pendente de três milhões – já aprovados pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen) -, que não foram repassados pelo MJ, além de outro projeto orçado em R$ 14 milhões para construir duas novas unidades prisionais e aparelhamento das estruturas.