Governo acompanha pequenos negócios beneficiados com materiais de trabalho

Augleidiane largou a profissão para abrir o próprio negócio (Foto: Diego Gurgel/Secom)

Augleidiane abandonou a profissão para abrir o próprio negócio (Foto: Diego Gurgel/Secom)

O governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Pequenos Negócios (SEPN), realizou nesta terça-feira, 8, uma visita técnica às famílias beneficiadas com equipamentos para a execução do trabalho, em Rio Branco. O trabalho é chamado de incubação e visa monitorar os empreendedores. No Acre, aproximadamente sete mil pessoas já receberam o material de incentivo.

A equipe técnica que realiza as visitas é formada por 18 profissionais. O objetivo é atender os bairros das sete regionais da capital. Nos municípios, o trabalho é executado por meio de representantes da SEPN. Cruzeiro do Sul, Tarauacá, Feijó, Sena Madureira, Manoel Urbano, Brasileia e Epitaciolândia já recebem esse atendimento.

{xtypo_quote_right}SEPN registrou que 67% dos beneficiários estão ativos no empreendimento, além de contarem com uma renda superior a R$ 500{/xtypo_quote_right}

O trabalho é realizado desde o último semestre de 2011. A visita ocorre a cada três meses, durante dois anos.

A SEPN realiza uma busca ativa na comunidade, para identificar os moradores de baixa renda que almejam montar um pequeno negócio. Com isso, essas pessoas são encaminhadas para cursos profissionalizantes. Visando dar o primeiro passo para a estabilidade do pequeno empreendedor, o governo também disponibiliza o material de trabalho.

Segundo o técnico do Departamento de Negócios da SEPN, Cassimiro Andrade, a equipe de monitoramento tem a missão de visitar os beneficiados para fiscalizar e orientá-los a cerca do empreendimento montado. “Realizamos pelo menos seis visitas por dia com o intuito de ajudar a crescer o negócio, com orientações na parte de logística. Fazemos isso, porque às vezes, sem apoio, um ano depois, algumas empresas falem. A maioria não possui essa experiência e precisa de apoio”, declara.

Clívia mantém Programa de Monitoramento dos beneficiários atualizado (Foto: Diego Gurgel/Secom)

Clívia mantém Programa de Monitoramento dos beneficiários atualizado (Foto: Diego Gurgel/Secom)

De acordo com a chefe de Monitoramento da SEPN, Clívia Maria Rodrigues, diversas áreas são atendidas, desde a individual até as pessoas que trabalham no coletivo, com as associações e as cooperativas. Ela explica que, por meio da incubação, também é verificada a situação de pessoas que utilizam de forma errada o benefício. “Se a pessoa não estiver utilizando o equipamento por uma situação diversa, ela deve se apresentar e informar o motivo da mudança. Após 60 dias, nós verificamos se há necessidade de entregar o material”, orienta.

Para dar celeridade às atualizações do serviço, a SEPN criou o Programa de Monitoramento, que possui os dados de todos os beneficiários. Após as visitas da equipe técnica, as novas informações são digitalizadas no sistema. “Sabemos quem está trabalhando, quem abandonou o serviço e como está a renda de cada pessoa. É uma forma de ter tudo controlado”, aponta.

Na última incubação, a SEPN registrou que 67% dos beneficiários estão ativos no empreendimento, além de contarem com uma renda superior a R$ 500. A equipe também identificou que 24% dos trabalhadores estavam parados devido à falta de alguma capacitação, problema que foi superado logo em seguida, segundo Clívia Maria.

O sonho do próprio negócio

Marilene Eduardo da Silva é uma das beneficiadas pela assistência do governo do Estado, por meio da SEPN. Antes disso, trabalhava como empregada doméstica e viu no apoio oferecido pelo governo uma oportunidade de crescer na vida. Hoje, ela atua como costureira e comemora o sucesso alcançado. “Mudou a minha situação financeira, porque eu dependia de esposo. Agora, contribuo bastante com o sustento da minha casa”, afirma.

Marilene construiu o próprio ateliê em casa com ajuda da SEPN (Foto: Diego Gurgel/Secom)

Marilene construiu o próprio ateliê em casa com ajuda da SEPN (Foto: Diego Gurgel/Secom)

A costureira mostra com orgulho o ateliê que construiu sozinha. Segundo ela, além dos materiais cedidos pela SEPN, 30% dos equipamentos foram comprados com o dinheiro fruto do trabalho que realiza desde 2011.

Porém, Marilene admite que para cortar e costurar com precisão é preciso de mais uma coisa. “O Amor. Eu costuro porque gosto. Amo o que eu faço”, declara.

A empreendedora também não sofre com a falta de clientela. Devido o fato de já ter vivido em outros bairros, muitas pessoas a procuram para fazer encomendas e é isso o que garante um bom retorno financeiro no fim do mês. “Cliente aqui não falta e nem dinheiro”, afirma entre sorrisos.

Outra história de superação financeira é  a de Augleidiane de Sousa. No ano passado ela realizou o curso de cabelereira oferecido pela SEPN por insistência da irmã. A mulher não suspeitava que a iniciativa pudesse mudar a vida dela. “Antes eu era empregada doméstica e hoje tenho o meu próprio negócio. Antes do curso nunca nem tinha pegado na escovinha. Aprendi tudo no curso e hoje tenho de onde tirar a minha renda”, comemora.

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