Governador Tião Viana visita empreendimentos da Fazendinha na Expoacre

Todos os anos a Fazendinha, espaço que reúne empreendimentos da agricultura familiar, atrai milhares de famílias. Acompanhado pela primeira-dama Marlúcia Cândida, o governador Tião Viana esteve no local na noite deste sábado, 4, para visitar os estandes e conferir avanços do setor no estado.

Com a representatividade de uma economia diversificada, a Fazendinha concentra empreendimentos individuais, associações e cooperativas que trabalham com produtos que vão do açaí e buriti à criação de aves, peixes e suínos, derivados do leite e óleos da Amazônia, entre outros.

“Todos os produtos que se possa pensar que trazem satisfação e prazer ao ingerir como alimentos estão concentrados nesse espaço e transformados em economia e renda para as famílias”, frisou Tião Viana.

A produção de mel é um dos destaques entre as cadeias produtivas que agregam valor comercial por ter como fator importante a conservação das florestas. “Quando assumimos tinham 35 famílias criadoras de abelhas no Acre e hoje são 1.225, o que mostra uma evolução enorme da agricultura familiar”, acrescentou o governador.

Tião reiterou ainda que os resultados são frutos de investimentos na ordem de R$ 500 milhões garantidos pela Secretaria de Extensão Agropecuária e Florestal (Seaprof) para o fortalecimento do pequeno produtor no Acre.

Anselmo Forneck é diretor de produção da Cooperativa Acremel, que completou cinco anos recentemente de fomento à apicultura e meliponicultura no estado. Quase 50 famílias estão envolvidas diretamente no trabalho e mais de 100 de forma indireta.

“Dentro da política do governo do Estado, nós tentamos contemplar produtores que trabalham com a apicultura, que é a abelha com ferrão, e a meliponicultura, que é a abelha sem ferrão. Aqui na Expoacre temos mel tanto de uma como da outra. Tem mel puro, centrifugado, em favo e para todos os gostos e bolsos”, comenta Forneck.

Óleos da Amazônia

Outro destaque na Fazendinha são produtos que utilizam matéria-prima vegetal, como os óleos da Amazônia. A Cooperativa Nova Cintra, conhecida como Coopercintra, é responsável pelo gerenciamento da produção de quase 200 famílias direta e indiretamente.

A base que dá origem a diversos produtos fitocosméticos e fitoterápicos é o murmuru, espécie que garantiu à cooperativa contratos fixos de exportação para empresas que fazem a aquisição de insumos para a fabricação de cosméticos.

Por ser um mercado em potencial para o setor industrial, o trabalho com oleaginosas tem tido olhar especial da Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac), importante aliada no processo de consolidação da cooperativa ao realizar análises e emissão do laudo técnico de controle de qualidade dos óleos extraídos antes de irem para a comercialização.

Todo o ciclo da cadeia da espécie é aproveitado, desde a casca que é vendida para as olarias, o óleo para as indústrias, a borra que dá origem a sabonetes e a torta utilizada para a ração animal.

“Estamos trabalhando agora a certificação da manteiga do murmuru, que vai agregar mais valor e renda. Estamos nos empoderando de toda a cadeia e devemos isso ao apoio que recebemos e, assim, continuamos gerando trabalho às famílias com a consciência de que é preciso manter a floresta em pé”, frisa José de Lima Queiroz, tesoureiro da Coopercintra.

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