Gerência de Endemias: 240 pessoas trabalham diariamente para combater a malária em Cruzeiro

Mutirão leva informação e trabalho de controle da doença à região do Juruá

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Mutirão leva informação de combate à malária no Juruá (Foto: Onofre Brito/Secom)

A Gerência de Endemias em Cruzeiro do Sul está com 240 servidores todo dia na ativa, buscando o controle e combate às endemias, especialmente a malária. São várias as frentes de trabalho, como a coleta de lâminas, diagnósticos, tratamento e o tratamento supervisionado (acompanhado diretamente pela gerência). Nos locais onde se detecta casos positivos é feito o bloqueio arrastão, fechando todo aquele espaço, para quebrar a cadeia de transmissão. O trabalho de borrifação intradomiciliar está sendo realizado nas áreas de médio risco. A borrifação espacial acontece em áreas de alto risco de acordo com os dados epidemiológicos. Desde o início da semana este trabalho vem sendo realizado na região da Boca da Alemanha e Canela Fina e no bairro Santa Terezinha. As ações preventivas se completam com as visitas domiciliares, quando são levadas informações úteis sobre prevenção à doença.

Segundo a gerente do setor em Cruzeiro do Sul, Simone Daniel, acabar com a malária é impossível, a luta é colocá-la em níveis aceitáveis. E para isso, ela garante, é fundamental a participação da população nos cuidados preventivos, pois todos estão sujeitos a se tornarem vítimas da malária. "Especialmente nas áreas de risco, as pessoas tem que se cuidar para não ficarem expostos aos vetores (o mosquito anopheles), particularmente no período noturno", disse.

Mosquiteiros

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No município de Cruzeiro do Sul foram distribuídos 25 mil mosquiteiros, em áreas de alto risco (Foto: Onofre Brito/Secom)

Simone também chama atenção da população que recebeu o mosquiteiro impregnado para que realmente o utilizem, pois ele é um grande auxiliar na luta para conter a malária. No município de Cruzeiro do Sul foram distribuídos 25 mil mosquiteiros, em áreas de alto risco, mas segundo informa Simone, algumas pessoas não os utiliza, alguns já passaram o mosquiteiro para frente.

"O mosquiteiro veio para somar – disse – e se bem utilizado torna-se muito importante como forma de proteção. Depois de registrar mais de dois mil casos em janeiro deste ano, a tendência foi de baixa. O último mês com os dados fechados foi junho com 1.343 casos. Neste mês de agosto a expectativa é que fique abaixo dos mil casos, apesar do grande fluxo de pessoas em Cruzeiro do Sul, em razão das festividades do Novenário de Nossa Senhora da Glória.

Controle de endemias

Muitas pessoas acreditam que o setor de Endemias cuida somente da prevenção da malária, o que não corresponde à verdade. Sua atuação abrange o controle de outras endemias como leishmaniose, doença de Chagas, febre amarela e dengue. Muita gente se admira de que a dengue ainda não tenha chegado à região. De fato não foi detectado nenhum caso autóctone (os casos identificados ocorreram em pessoas de fora ou cruzeirense que viajaram para fora), mas o vetor (o mosquito Aedes Aegypti) já foi identificado tempos atrás, tanto na forma larval como na forma adulta. No entanto – segundo Simone – há um ano que não se tem notícia da presença do vetor em Cruzeiro do Sul.

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