O artista plástico Ueliton Santana apresenta “Tatuagens da Memória”, na Galeria de Arte Juvenal Antunes, até o dia 28 deste mês. O projeto chega a Rio Branco após percorrer durante três anos os principais espaços e salões de cidades brasileiras. Depois seguirá para Curitiba (PR) e Belém (PA). A exposição tem o apoio cultural do governo do Estado, por meio da Fundação Elias Mansour (FEM)
“Tatuagens da Memória” é definida pelo artista acreano como uma performance de composição urbana e rural, que remete à memória. “Todas as marcas deixadas em mim são aos poucos condensadas em pinturas com símbolos incrustados”, explica.
As telas percorreram lugares em que o artista viveu ou passou, de alguma forma, a infância, sua cidade, alguns sítios e chácaras, espaços de suas vivências. “Esses signos nas telas, foram colhidos inconscientemente em alguns casos e devolvidos nos mais diversos lugares. É como uma relação de troca, como se devolvesse um pouco do que colhi em cada lugar e, ao mesmo tempo, deixasse um pouco de mim”, disse.
“Tatuagens da Memória” apresenta também traços regionais, sinalizados por meio do uso de símbolos de animais, kenês indígenas e outros signos. A obra é universal, ao remeter ao urbano, como se fossem grafites espalhados pela cidade. O projeto propõe ao expectador um diálogo de identidade e de questionamentos entre o ontem, o hoje e o amanhã.
Sobre o artista – Ueliton Santana é especialista em arte, mestre em Educação pela UFRRJ, e professor de Arte do Ifac. Participou de exposições, nacionais e internacionais. Foi selecionado no Rumos Itaú Cultural e Sesc Amazônia das Artes. A obra do artista imprime uma poética contemporânea e um diálogo com o tempo e espaço atual.