A partir de agora, a empresa Dom Porquito está apta a exportar para países com legislações semelhantes às brasileiras. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 24, pela auditora fiscal do Ministério da Agricultura do Acre, Katherine Silva, durante reunião com a governadora em exercício Nazareth Araújo. A técnica falou sobre a aprovação da planta industrial de comercialização do Complexo de Suinocultura.
De acordo com a auditora, a empresa mostrou capacidade efetiva de exportação para países como Peru e Bolívia, que possuem legislação similar à brasileira. “Isso nos deixa muito felizes, pois comprovamos que mais empresas acreanas estão se mostrando competitivas e com produtos de qualidade sendo colocados no mercado, o que chama a atenção do mercado internacional”, comentou.
A indústria
Considerado pela Associação Brasileira de Suinocultura como o mais moderno em tecnologia do país, o Complexo Industrial Dom Porquito, localizado em Brasileia, conseguiu, em menos de um ano de funcionamento, atingir a marca de 400 empregos gerados diretamente. Esse número poderá alcançar mil, quando chegar ao auge de operação.
Até o momento, já foram investidos cerca de R$ 86 milhões na estrutura industrial e no modelo de integração que envolve as esferas privada, pública e comunitária. A Agência de Negócios do Acre (Anac), por exemplo, detém de 37% das ações, e o restante pertence a acionistas.
Todo o complexo está composto por unidade de produção de leitões, unidades de terminação, um frigorífico e uma fábrica de embutidos. Mais de 20 famílias estão envolvidas no processo de engorda de suínos e outras unidades já estão sendo construídas com capacidade para alojar até 300 animais por um período de 90 dias antes do abate.
O objetivo é integrar no sistema 100 produtores para atender a demanda industrial. O frigorífico já abate cerca de 200 animais por dia, mas tem capacidade para processar até 1.600.
A Dom Porquito trabalha com a venda de carcaças inteiras e uma variedade de cortes, que saem da indústria com a marca Mister Pig, além de embutidos com o nome Sabbor. No momento, a indústria já atende todo o mercado local e demandas do comércio de Rondônia, Roraima e Amazonas.
Peixes da Amazônia
No mês de julho último, o Complexo de Piscicultura Peixes da Amazônia também recebeu a notícia que promete impulsionar ainda mais a produção: a autorização recebida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para a exportação da proteína animal a qualquer país.
Desde sua instalação, a Peixes já pleiteava essa liberação, atendendo às exigências dos órgãos fiscalizadores. Com mercado local consolidado e venda garantida para grandes centros do país, a liberação representou mais uma conquista para a piscicultura do Acre.
Segundo o diretor da Agência de Negócios do Acre (Anac), já há negociações avançadas com Argentina, Venezuela, Peru e Bolívia. O próximo passo será atender as especificidades de cada país, quando existirem.