Força-tarefa contra as queimadas

Aeronaves serão utlizadas por instituições de meio ambiente em grande operação que começa neste sábado

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A força-tarefa vai contar com apoio de dois helicópteros – um do Ibama e outro do governo do Estado -, um avião fretado, além de carros e barcos (Foto: Arquivo Secom)

Equipes do Instituto de Meio do Acre (Imac), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Secretarias estadual e municipal de Meio Ambiente, polícias Federal e Militar iniciam no dia três de setembro, próximo sábado, uma grande operação com objetivo de coibir as queimadas urbanas e rurais no Estado. A força-tarefa vai contar com apoio de dois helicópteros – um do Ibama e outro do governo do Estado -, um avião fretado, além de carros e barcos. As equipes atuarão de dia e a noite. 

Segundo o presidente do Imac, Fernando Lima, a força-tarefa é formada nesse período devido à tradição das queimadas serem feitas nesta época do ano. “É comum as pessoas aproveitarem o feriado e o tempo quente para fazer as queimadas. Por isso vamos reunir as forças de todos os órgãos ambientais para coibir esse hábito tanto na zona rural quanto na urbana”, esclarece.

A fiscalização do Imac contará com 30 pessoas, que vão se deslocar para várias partes do Acre. Como forma de auxiliar o Corpo de Bombeiros, as equipes do instituto terão nos carros abafadores e bombas costais para apagar focos de queimadas. Fernando Lima lembra que os fiscais do Imac têm poder de polícia, e em caso de flagrante, poderão dar voz de prisão para quem estiver queimando.

Além da fiscalização, a Divisão de Educação Ambiental também atuará com a distribuição de panfletos e palestras. A equipe está agora nos Projetos de Assentamento do Alto Acre. O trabalho de conscientização contra o uso das queimadas começou pela Reserva Extrativista Chico Mendes. “Fizemos parcerias com Associações Rurais no sentido de fornecer alternativas ao uso do fogo, e isso tem dado resultado. No ano passado foram registrados 2.496 focos de calor. Este ano, foram 551 até agora”, esclarece Fernando.

Toda a operação será coordenada com apoio da Unidade de Situação de Eventos Extremos, que fica na sede do Corpo de Bombeiros do segundo distrito. Lá, onde atuam em parceria 36 instituições, há um sistema de monitoramento dos focos de queimadas no Acre. As ações de controle, prevenção e educação estão previstas no Plano Estadual de Combate às Queimadas e Incêndios Florestais, lançado no dia 18 de julho pelo governador Tião Viana.

Quem quiser denunciar queimadas rurais e urbanas pode entrar em contato com o Imac pelo Celular 9985-7060 ou telefone fixo 3224-5497. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que funciona no Horto Florestal, atende pelos telefones 3228-5765 e 3228-3326. Fernando lembra que as denúncias podem ser feitas de forma anônima.

Redução nos números

O maior número de queimadas no Acre foi registrado em 2005, com 22.948 focos de calor. No ano passado foram 8.807 e este ano até agora foram registrados 551 focos. No fim de semana foram 60 focos de calor. As cidades que aparecem nos primeiros sete lugares são: Porto Acre (9 focos), seguida de Feijó (9), Manuel Urbano (8), Cruzeiro do Sul (7), Tarauacá (5), Sena Madureira (4) e Rio Branco (4).

Segundo o presidente do Imac, Fernando Lima, apesar da redução no número de queimadas este ano com relação a 2010, é preciso estar atento. “As temperaturas estão muito elevadas, a umidade relativa do ar está muito baixa e o nível do Rio Acre chegou 1,58 metro. Esse é o nível do rio Acre mais baixo dos últimos 40 anos. Por isso, mesmo que o número de queimadas esteja reduzido com relação ao ano passado, não podemos relaxar para evitar que ocorra uma catástrofe ambiental como a de 2005. O governador Tião Viana quer todo mundo atuando em parceria para evitar os danos ao meio ambiente e à saúde humana”, relatou.

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