Duas ações do governo do Acre resultaram na oferta de dois produtos que fazem sucesso na feira do Novenário de Cruzeiro do Sul: feijão e flores. A feira é parte integrante dos festejos do Novenário de Nossa Senhora da Glória, a padroeira da cidade. Tendo começado no último dia 5, a feira vai até o dia 15, quando ocorre a procissão de Nossa Senhora da Glória, o clímax da festa.
O feijão está sendo vendido pela Coopersonhos (Cooperativa Sonho de Todos) de Marechal Thaumaturgo, surgida por incentivo da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) e as flores pela Floricruzeiro, que teve o incentivo da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres e Secretaria de Estado de Pequenos Negócios.
Feijão
O próprio presidente da Coopersonhos, Altemir Firmino, veio a Cruzeiro do Sul para divulgar seu produto. ‘É uma experiência nova; pela primeira vez estamos divulgando nosso produto. Queremos mostrar nossa marca em Cruzeiro do Sul e buscar mercado”, disse.
Firmino garante que Marechal Thaumaturgo é o município que mais produz feijão na região do Juruá e tem excedente para exportação. Além da quantidade, ele destaca a variedade. Oficialmente são 14 espécies cultivadas no município, mas ele diz que existem pesquisas que apontam o cultivo de 22 espécies.
Na feira do Novenário, porém, há em oferta apenas duas espécies: o mudubim e o peruano. Isto porque a maior parte das espécies é de feijão de praia e agora está fora do período de safra. O feijão está sendo comercializado a R$ 10,00 o quilo. Segundo Firmino, o preço do feijão está estimulando os produtores e expectativa é de que as safras tendam a crescer.
Flores
A Floricruzeiro surgiu no ano passado quando seis mulheres que cultivavam flores em seus quintais se juntaram. Hoje elas fornecem mudas e flores em vasos e já trabalham com cerca de 50 espécies. Segundo Alciene do Nascimento, uma das cooperadas, embora hoje os cultivos sejam individuais, a cooperativa já tem um terreno no Igarapé da Onça, onde está sendo construída uma estufa.
Ela explica que desde a formação a cooperativa tem participado de todas as feiras para as quais recebe convites. “Ainda não dá para viver só de flores, mas elas já são um reforço no nosso orçamento”, analisou.