A tradicional farinha de Cruzeiro do Sul entrou para a lista de produtos com Selo de Indicação Geográfica, sendo registrada como produto típico brasileiro – reconhecimento que atesta qualidade e procedência.
Neste ano, cinco produtos ganharam o registro que assegura que eles são únicos no mercado. O Selo de Indicação Geográfica, fruto de uma parceria do Instituto de Geografia Brasileira e Estatística (IBGE) com o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), incluiu recentemente cinco novos produtos: a farinha de mandioca de Cruzeiro do Sul, de origem acreana; o queijo de Colônia Witmarsum, produzido no Paraná; o guaraná de Maués, do Amazonas; as amêndoas de cacau da região do Sul da Bahia; e o socol (embutido de carne suína, similar ao presunto) de Venda Nova do Imigrante, no Espírito Santo.
Com a inclusão das cinco novas iguarias regionais, a quantidade de produtos que contêm o registro de origem geográfica passou de 53 para 58. Estes selos indicam a procedência de produtos ou serviços característicos de determinada localidade. Isso permite aos consumidores ter informações confiáveis sobre a qualidade e a autenticidade daquilo que estão adquirindo.
Investimentos
O reconhecimento demonstra o êxito do investimento realizado pelo governo do Estado para fomentar a cadeia produtiva da mandioca. Por compreender que essa é umas das principais atividades agrícolas do Acre, desde sua atuação no Senado Federal, o governador Tião Viana fomenta a atividade agrícola. Em 2009, destinou R$ 6,3 milhões para o fortalecimento da produção da mandioca. Do total, R$ 1,3 milhão foi direcionado para a construção de casas de farinha.
Com o intuito de agregar valor, crescimento produtivo e facilitar a fabricação da farinha, a Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária (Seap) adotou, nos últimos anos, uma nova linha de trabalho, a partir da industrialização do processo produtivo, em substituição a forma artesanal.
Durante a gestão do governador Tião Viana, foi iniciado o processo de fortalecimento e expansão da cadeia produtiva da mandioca com a formalização do modelo de parceria Público-Privado-Comunitário Integrado (PPCI). Com o apoio do Estado na retomada da cadeia produtiva da mandioca, a produção da planta saiu de 10,4 milhões de toneladas em 2011 para 12,3 em 2017 – uma evolução de 18,27% -, o que tornou o Acre o segundo maior produtor dessa cultura da Região Norte, ficando atrás apenas do Pará, conforme dados IBGE.
Tecnologia de produção
A Seap tem viabilizado a mecanização do plantio, pois compreende que, além de avançar em tecnologia de produção, a iniciativa garante qualidade de vida ao agricultor.
O volume de produção de macaxeira exige novas técnicas de processamento, aplicação das boas práticas de fabricação e melhoria nos sistemas agrícolas.
O trabalho mecanizado com tratores de gradagem e destoca, implementos agrícolas como plantadeiras e adubadores, garantem uma lavoura padronizada, facilitando o manejo da plantação.
Pesquisas comprovam
Segundo a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), que atua na promoção dos produtos e serviços brasileiros no exterior, atraindo investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira, o Acre possui o maior rendimento agrícola do país por hectare de produção.
Ao analisar os dados do Instituto de Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Apex constatou que no Brasil a média produtiva da macaxeira é de 15,2 toneladas por hectare, enquanto no Acre o rendimento agrícola sobe para 29,3 toneladas por hectare.