Uma equipe técnica da Secretaria de Estado de Produção e Agronegócio do Acre (Sepa) realizou mais uma capacitação, em boas práticas de produção de castanha da Amazônia e mudas de castanheiras em miniestufas. O curso teve início na quinta, 15, e se encerrou nesta sexta, 16, na comunidade Porangaba, na Reserva Extrativista (Resex) Chico Mendes, em Epitaciolândia. Em quatro capacitações, já foram formadas mais de 57 famílias.
“O governo do Estado tem investido na capacitação dos extrativistas para que possam produzir mais e melhor e serem inseridos no contexto de desenvolvimento socioeconômico sustentável, gerando renda familiar e ao mesmo tempo preservando e protegendo o meio ambiente”, desta Edivan Azevedo.
A reserva possui uma extensão de sete mil hectares, com 30 colocações. O objetivo é capacitar os comunitários unindo técnicas de reflorestamento e garantindo, ainda, melhoria de renda às famílias. O extrativista Francisco Luiz de Silva e Silva, que reside no Seringal Porongaba, relata que a atividade de coleta da castanha proporciona, a cada extrativista com cerca de 270 castanheiras produtivas, a coleta de 430 latas de 11 kg, que são vendidas a um preço médio de R$ 50 cada, ou seja, uma renda bruta anual de R$ 21.500.
O presidente do Núcleo de Base Porongaba, Francisco Melo, contou que as principais atividades extrativistas da comunidade são castanha, açaí e borracha. Ele ressaltou ainda a relevância das capacitações para melhoria de renda e a adoção de práticas de reflorestamento.
“A capacitação na cadeia da castanha é importantíssima, pois as famílias estão tendo a consciência de reflorestar suas áreas de capoeiras e enriquecer o que já existe nos seus castanhais”, disse.
No primeiro dia de curso, os extrativistas aprenderam aspectos gerais da castanheira, legislação, produção de mudas em miniestufas e por propagação vegetativa e ainda visitaram o viveiro da comunidade. No segundo dia, colocaram em prática técnicas para produção em miniestufa e participaram de rodadas de conversa sobre mercado e comercialização.
As capacitações contam com importante apoio financeiro do Programa REM Acre Fase II e parceria com a SOS Amazônia, que garantiu a construção de um viveiro na comunidade, para estimular a recuperação de áreas degradadas com plantios de castanheira, seringueira, açaí e outras espécies.