Exposição indígena reúne peças dos povos Huni Kuin e Sawãdawa em Rio Branco

Arte, cultura e identidade são marcas registradas da exposição “A Madeira Me Contou”, idealizada pela Associação de Movimento dos Agentes Agroflorestais do Acre (Amaiac), com apoio do governo do Estado, que estará aberta ao público a partir deste sábado, 4, na Casa dos Povos Indígenas (antigo Espaço Kaxinawá), em Rio Branco.

Cada peça retrata um mito indígena (Foto: Cedida)

A mostra reúne peças de artesanato, produzidas com madeira reaproveitada, confeccionadas por jovens indígenas dos povos Huni Kuin e Sawãdawa, nas Terras Indígenas (TIs) Arara do Igarapé Humaitá, em Porto Walter; Kaxinawá da Praia do Carapanã, em Tarauacá; Kaxinawá do Rio Jordão, Kaxinawá do Seringal Independência e Kaxinawá do Baixo Rio Jordão, ambas situadas no Jordão.

“Esse trabalho é lindo, pois envolve a técnica de reaproveitamento de madeira encontrada na floresta. Esse produto bruto é transformado em um personagem mitológico. Cada peça confeccionada conta um mito dos povos indígenas. Quem compra não adquire apenas uma peça, mas um artesanato que retrata a história e vida dos Huni Kuin e Sawãdawa”, salienta a curadora da exposição, Francisca Arara.

Nesta sexta-feira, 3, a organização promove um vernissage da exposição, restrito a convidados. A mostra fica em exibição durante todo o mês de agosto, de segunda a sábado, em horário comercial, na Casa dos Povos Indígenas. As peças estão disponíveis para venda e o preço varia entre R$ 100 a R$ 750.

Exposição fica aberta ao público durante todo este mês de agosto (Foto: Cedida)

Arte e Ofício

Ao todo, 149 jovens participam do projeto “Oficinas de Artes e Oficio”, que resultou na exposição “A Madeira Me Contou” e na comercialização das peças. A confecção das esculturas é inspirada em mitos culturais indígenas e personagens mitológicos. Cada peça expressa a memória étnica e o conhecimento das leis que regem o meio ambiente.

Promovido pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), o projeto envolve os jovens indígenas nas atividades de Artes e Oficio, viabilizando uma alternativa de trabalho e de renda dentro da floresta.

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