Das mãos delicadas da artista plástica Mariana Magalhães surgiram 25 obras inspiradas na cultura africana. As peças compõem a exposição “Máscaras Africanas: Releituras”, que entra em cartaz nesta quinta, 20, no Memorial dos Autonomistas, às 17 horas.
O projeto apresenta dois momentos. No primeiro, as obras são interpretações livres cuja fonte de inspiração é a cultura africana. Já no segundo são apresentados traços da religiosidade e identidade cultural negra, com os orixás e a iniciação ao candomblé, além dos símbolos que remetem ao encontro Brasil – África.
A artista utilizou como referência de pesquisa o candomblé da nação Ketu. As máscaras, feitas em argila, papel machê e massa corrida, são ornamentadas com favas dos orixás, palha da costa, sisal, miçangas, barbante e outros componentes que representam o conjunto dos deuses iorubás, com suas cores, formas, elementos e histórias.
Essa é a segunda exposição de máscaras da artista, que traduz sua relação com a cultura, ancestralidade e religiosidade africana. “Acho interessante a preocupação com a beleza e o capricho que as pessoas apresentam na indumentária do ritual, paramentos e culinária. É pura arte e cultura o sagrado”, define Mariana.
Além das pesquisas e um rico acervo de fotografias, a artista também buscou inspiração em suas viagens à África e visitou diversos museus na Europa e Brasil.
O lançamento da mostra no Dia Consciência Negra reforça a ideia da artista de valorizar e divulgar a cultura africana e afro-brasileira. “São vertentes que tiveram grande influência na formação cultural acreana e rio-branquense”, comenta.
O projeto é financiado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura, gerenciada pela Fundação Garibaldi Brasil e tem apoio da Fundação Elias Mansour (FEM).