Expoacre 2008

Ovinocultura cresce como oportunidade para pequeno produtor

 

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Como mostra de oportunidade de negócios sustentáveis, a Expoacre é um evento revelador de tendências não somente para o agronegócio como para a agricultura familiar. A ovinocultura é uma atividade que se consolidando como meio econômico do pequeno produtor porque, segundo o Instituto de Defesa Agroflorestal do Acre (Idaf), em um hectare cria-se 20 animais enquanto que no mesmo espaço a bovinocultura não oferece condições para mais que três bois e vacas, se agregando boa tecnologia.

O crescimento dessa criação já gera um abate diário de cinqüenta cabeças apenas no município de Rio Branco -e isso levando-se em conta o abate regular, sob fiscalização do Idaf. Os criatórios somam mais de 50 mil  cabeças no Estado.

O abate só é grande porque o consumo não pára de crescer. "O crescimento da ovinocultura chega a 15% ao ano nos últimos tempos", disse Paulo Vianna, diretor-presidente do Idaf e um dos organizadores da Expoacre. Entre o fator de relação número de animais/espaço, o valor de mercado é um dos fatores que vem potencializando a criação.

As raças marcantes são Santa Inês e Morada Nova. Elas começaram a chegar ao Acre entre as décadas de 1980 e 1990, afirmando-se como tendência de criação   nos dias de hoje. Naquelas décadas, as matrizes eram distribuídas pelo Estado em proporção de um macho para duas fêmeas. Pouco tempo depois, a atividade entrou em declínio mas foi recuperada pela política de desenvolvimento implantada no Acre para fomentar a agricultura familiar a partir de 1999. "Atualmente, é difícil encontrar carneiro assado pronto. Só por encomenda", diz Vianna.

O carneiro é um animal dócil. Neste sábado, nas baias da Chácara Mamyo, o menino Talysson, de dez anos, perdeu o medo de tocar em um animal da espécie e posou acariciando um deles da raça Santa Inês.

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