O governo do Estado, por meio da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), já investiu R$ 8,17 milhões em 34 terras indígenas, beneficiando mais de 16 mil pessoas. A estratégia é fornecer assistência técnica e extensão agroflorestal para a melhoria das condições de vida das famílias indígenas.
O diálogo se dá por meio do Plano de Gestão Terrritorial e Ambiental das Terras Indígenas (PGTI). Já estão sendo implementados 18 planos, e outros 16 estão em fase de validação. Durante as oficinas nas terras indígenas, que reúnem toda a comunidade, são definidas as necessidades, como a construção de uma casa de farinha ou a compra de equipamentos agrícolas.
As ações de assistência técnica e extensão rural, segundo a chefe da Divisão de Extensão Indígena da Seaprof, Dinah Borges, consideram a necessidade de respeitar a diversidade sociocultural dos povos indígenas e as aptidões produtivas próprias a cada terra indígena.
Como exemplo, Dinah cita o resgate e a reintrodução de sementes tradicionais em roçados nas aldeias indígenas; implantação e diversificação de roçados, quintais e sistemas agroflorestais; incentivo à criação de pequenos animais, tanto no manejo de lagos como em criatórios e na avicultura; manejo de fauna silvestre; manejo dos recursos florestais não madeireiros; orientação nas atividades dos agentes agroflorestais indígenas e capacitação e assistência em associativismo e cooperativismo.
Outra ação destacada é a de fortalecimento dos mercados institucionais para o escoamento de excedentes gerados pelas comunidades e famílias indígenas, que são vendidos diretamente para o Programa de aquisição de Alimentos (PAA). Vale ressaltar também a implantação de uma agroindústria de polpas de frutas do povo ashaninka em Marechal Thaumaturgo.
O titular da Seaprof, Lourival Marques Filho, lembra que a parceria com entidades como a Associação do Movimento dos Agentes Agroflorestais do Acre (Amaaiac) e Comissão Pró-Índio (CPI) tem sido fundamental para atingir os resultados atuais. Ele adianta que os agentes agroflorestais indígenas (Aafis) continuarão a ser contratados, por meio da Amaaiac, por um período de dois anos.
“São eles que assessoram as suas comunidades nas atividades e monitoram a sua execução, registrando as informações, enviando o relatório construído e pactuado durante a sua formação”, explicou o secretário Lourival.
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NÚMEROS
18 PLANOS IMPLEMENTADOS
10.760 INDÍGENAS ATENDIDOS – 11 POVOS
1 AGROINDÚSTRIA EM FASE DE IMPLANTAÇÃO{/xtypo_rounded2}