Esporte paraolímpico do Acre prepara atletas para as competições nacionais

Fazer o esporte paraolímpico avançar ainda mais em 2024, esse é um dos objetivos do Núcleo de Esportes Paraolímpicos da Secretaria Adjunta de Esportes. No ano passado, para se ter uma ideia das conquistas dos atletas, 86 medalhas foram conquistadas em competições regionais e nacionais.

E para que os resultados sejam ainda melhores, o Núcleo de Esportes Paraolímpicos, coordenado pela professora Shirley Lessa, já iniciou a preparação dos atletas. E a partir de uma parceria entre a Secretaria de Educação, Cultura e Esportes (SEE), a Universidade Federal do Acre (Ufac) e o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), os treinamentos já iniciaram.

Atletas de natação trouxeram muitas medalhas para o Acre em 2023. Foto: Mardilson Gomes/SEE

Natação, bocha, atletismo, fut 7 e halterofilismo estão entre os esportes que os atletas paraolímpicos já iniciaram a preparação. A piscina, a pista de corrida e a academia da Ufac são os locais onde os treinamentos acontecem para que eles possam participar das competições em pé de igualdade com os demais estados.

De acordo com a professora Shirley Lessa, a preparação dos atletas acontece nas segundas, quartas e sextas, das 14h às 17h. “A gente prepara os atletas para as competições nacionais, mas também para as competições internacionais, pois temos aqui atletas em nível internacional”, explica.

São atletas que possuem alguma deficiência física, intelectual e também visual, podendo ser baixa visão ou cegueira completa. Ela explica que, para as competições, os atletas têm uma faixa etária entre 7 e 17 anos. Já para o meeting, que será realizado no próximo dia 24, em Rio Branco, não há limite de idade.

Atletismo também tem sido destaque entre os esportes paraolímpicos em nosso estado.
Foto: Mardilson Gomes/SEE

“No meeting temos atletas com mais idade e temos vagas, e quem tiver interesse em fazer algum esporte é só nos procurar aqui na própria Ufac às segundas, quartas e sextas, a partir das 14h”, destacou.

Ela diz ficar encantada com os resultados dos atletas em nível nacional e conta que eles participaram da fase regional dos jogos paraolímpicos no ano passado na cidade de Brasília e da fase nacional, em São Paulo. “Eu fico encantada. Viajamos com 9 atletas e trouxemos, somente de uma competição, 17 medalhas”, disse.

Desenvolvimento social

O treinamento dos atletas não desenvolve apenas a parte física, mas também a social. Um dos bons exemplos é Rikley Sampaio, que aprendeu a nadar em alguns dias e fez uma preparação de três meses para participar das competições. O resultado foi uma medalha de bronze, em natação, na fase nacional em São Paulo.

Gleiciane com o filho Rikley: “Ele agora é independente”. Foto: Mardilson Gomes/SEE

A mãe de Rikley, dona Gleiciane Sampaio, destaca que ele tem adquirido o que chama de “independência”. Antes, conta, o atleta dependia de tudo em casa, até para se alimentar. Ele tem paralisia cerebral e até o último dia antes da viagem estava receosa em permitir que viajasse para as competições.

“Mas hoje o meu sentimento é de gratidão. Era muito dependente, nem andar, andava. Com a natação ele melhorou a coordenação motora e até come sozinho. Ficou realmente independente”, relata.

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