Espetáculo “Uma Toada para João e Maria” neste fim de semana no Festival Usina de Arte

Peça conta a história de um casal tendo como fio condutor as músicas de Chico Buarque e citações de poetas e pensadores

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Lílian de Lima e Rodrigo Mercadante interpretam a história de amor (Foto: Divulgação)

Imagine a história de um casal contada e cantada desde a primeira troca de olhares, passando pela paixão inicial, ciúme e separação, saudade e recomeço, tendo como fio condutor as músicas de Chico Buarque e citações de grandes "especialistas" no assunto, como Carlos Drummond de Andrade, Roland Barthes, Adélia Prado, Nelson Rodrigues e Oscar Wilde. Pois esse é o roteiro do espetáculo "Uma Toada para João e Maria", interpretada pelo Grupo Núcleo 2 de Teatro e que será apresentado neste sábado e domingo, 21 e 22, às 20 horas, em Rio Branco como parte da programação do Festival Usina de Arte (FestUsina).

Esta é a quinta atração do Festival que já teve a participação de grupos de Belo Horizonte (MG) e da Bolívia. O evento é uma promoção do Governo do Estado, organizado pela equipe da Usina de Arte, com recursos da Fundação Nacional de Arte (FUNARTE). Os ingressos são vendidos na hora a preços acessíveis: R$ 5 inteira e R$ 2,50 meia.

Os grupos escolhidos para se apresentarem no FestUsina têm ampla atuação nacional e internacional, participando de eventos importantes pelo Brasil e pelo mundo. Todos se caracterizam por desenvolver projetos culturais que vão além da montagem de espetáculos, pois estabelecem laços com as comunidades onde se inserem, ressaltando a função social da arte e do teatro.

O Festival traz um panorama do teatro contemporâneo e contribui para a formação de público, estimulando a busca de qualidade técnica e a reflexão sobre o fazer teatral na comunidade artística da cidade de Rio Branco.

Núcleo 2 de Teatro

O Núcleo 2 de Teatro é um quarteto formado pelos atores Lílian de Lima e Rodrigo Mercadante e pelos músicos William Guedes e Aluísio Oliver, no acordeon. Os quatro artistas já passearam por vários repertórios, mas nada os sintonizou tanto a ponto dessa união dar origem ao show Uma Toada para João e Maria. Em comum, além do gosto musical, todos são do Grupo Teatro Ventoforte.

Em abril de 2006 estiveram na Europa para participar do Wereld Muziek Theater Festival, apresentado o espetáculo Bodas de Sangue, de Federico Garcia Lorca, em 10 cidades da Holanda, entre elas Amsterdam, Rotterdam e Breda, e também na Bélgica e na Itália.

FICHA TÉCNICA DO ESPETÁCULO "UMA TOADA PARA JOÃO E MARIA"

Direção Geral: Milton Morales
Direção Musical/Violão e Voz: William Guedes
Roteiro e voz: Lílian de Lima e Rodrigo  Mercadante
Acordeon: Aluísio Oliver
Fotografias: Alécio Cesar

Assista a um trecho do espetáculo:

 

 

Próximos espetáculos do FESTUSINA:

27, 28 e 29 de Agosto, 20 horas, Usina de Arte

CONCERTO DE ESPINHO E FULÔ (Cia. Do Tijolo) – A Rádio Caldeirão, Conexão São Paulo/Assaré, inicia sua homenagem ao poeta Patativa do Assaré e à comunidade Sítio Caldeirão. Uma companhia de teatro vinda de São Paulo faz uma viagem no tempo e chega ao Cariri com o objetivo de entrevistar Antonio Gonçalves da Silva, o Poeta. Na medida em que Patativa engendra seus versos, desfilam diante dos olhos do público as dores da seca, os animados bailes de sua gente, a receptividade do sertanejo, a graça de suas histórias, seus desejos e suas inquietações, suas esperanças e desilusões e também os massacres cotidianos aos quais nós, os do Brasil de baixo, estamos cotidianamente expostos. O que seria uma entrevista costumeira se transforma em um grande passeio, um verdadeiro encontro entre seres humanos e entre dois mundos tão próximos e ao mesmo tempo tão distantes: São Paulo-Assaré/Brasil.

15,16 e 17 de outubro, 17 horas, Tentamen

HYSTERIA (Grupo XIX de Teatro) – No final do século XIX, nas dependências de um hospício feminino carioca, cinco personagens internadas como histéricas revelam seus desvios e contradições – reflecos diretos de uma sociedade em transição, na qual os valores burgueses buscavam adequar a mulher a um novo pacto social.

Cenicamente, abdica-se do palco e dos recursos de sonoplastia e iluminação, optando-se por um espaço não convencional, no qual a platéia masculina é separada da platéia feminina, que é convidada a interagir com as atrizes. Esta interação, aliada a textos previamente elaborados, gera uma dramaturgia híbrida, única a cada apresentação.

22,23,24, 17 horas, Calçadão da Gameleira

HYGIENE (Grupo XIX de Teatro) – Encenada à luz do dia, nos prédios históricos da Vila Operária Maria Zélia (1917), a peça é baseada em uma pesquisa sobre o processo de higienização urbana no Brasil do fim do século XIX, onde um grande contigente de culturas e ideias dividem o mesmo teto – o cortiço. E desse caldeirão de misturas surgem os embriões de importantes manifestações de nossa identidade, como as desigualdades sociais que marcam profundamente os nossos dilemas atuais.

 

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