Espetáculo acreano concorre a prêmio nacional de teatro

Reconhecida nacionalmente, a peça “Afluentes Acreanas”, de Jaqueline Chagas, concorre ao Prêmio Arcanjo de Cultura, realizado com apoio da SP Escola de Teatro. A premiação ocorre no dia 8 de dezembro no Theatro Municipal de São Paulo, seguindo os protocolos vigentes.

Afluentes Acreanas é apresentada pela Associação Teatro Candeeiro. Ganhou em 3º lugar no Prêmio de Literatura pela Fundação Garibaldi Brasil (FGB), em Rio Branco, e foi performada em maio de 2021 na Mostra Aldir Blanc na SP Escola de Teatro, em São Paulo. Teve apresentações financiadas pela Lei Aldir Blanc através da Fundação de Cultura Elias Mansour e pela FGB.

Afluentes Acreanas conta a história do Acre, desde os primórdios até os dias atuais. Foto: Cedida

O Prêmio Arcanjo de Cultura traz 8 indicados em 7 categorias, com 3 vencedores cada. São elas: Artes Visuais, Cinema, Dança, Música, Redes, Streaming, TV e Teatro, sendo Dança a categoria estreante em 2021. Afluentes concorre na categoria Teatro, ao lado da peça “Donna Summer”, dirigida por Miguel Falabella.

O site oficial do prêmio descreve a indicação da peça de Jaqueline como “o resgate delicado e potente da história indígena na formação do Acre, valorizando nomes importantes da cena na Amazônia, com texto e direção de Jaqueline Chagas”.

Uma das frases da peça é: “as nossas histórias nem sempre são únicas, mas são quem nós somos”. Foto: Cedida

A autora conta que se sentiu incrédula ao ver que foi indicada: “Não por desacreditar do trabalho feito em Afluentes Acreanas, mas por perceber, mas por perceber que uma das coisas que eu sempre quis com essa peça, estava acontecendo. Afluentes Acreanas foi escrita para contar a nossa história a partir dos nossos olhos, para valorizar a nossa cultura e resgatar a lembrança de onde viemos para chegar até aqui. ”, relata.

“Afluentes Acreanas” é descrita como navegar pela história do Acre, desde as origens do território acreano até os dias de hoje. Traz histórias antigas dos tempos da seringa, da Revolução Acreana, de nomes significativos para a construção do Estado, mas também de nomes que não são tão conhecidos. O espetáculo graceja, por exemplo, com costumes do povo de Rio Branco, como ir à Praça da Revolução tomar tacacá ou comer baixaria no Mercado Velho.

Na imagem, os atores Iandra Moraes, José Hysnaip, Lonara Caê e Jaqueline Chagas. Foto: Cedida/Divulgação

Jaqueline também conta que receber o prêmio será uma realização. “Só a indicação mostra que o nosso Acre foi visto e está muito bem representado por uma peça que fala de nós de maneira genuína, sensível e corajosa. Meu agradecimento mais sincero à equipe que compõe a peça Afluentes Acreanas e a todo o apoio financeiro desde a FGB em 2019 até a Fundação Elias Mansour em 2021, para que essa peça chegasse até aqui.”

O júri do Prêmio Arcanjo de Cultura é composto pelos especialistas Adriana de Barros, Bob Sousa, Elba Kriss, Hubert Alquéres, Miguel Arcanjo Londero e Gustavo Ferreira. Afluentes Acreanas foi aprovada no Edital de Formação nº 001/2020 da Lei Aldir Blanc, gerido pela Fundação de Cultura Elias Mansour.

Mais informações em: Espetáculo que valoriza a história do Acre entra em seus últimos dias de exibição

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