Espaço Realidade Virtual reúne mais de 5 mil visitantes na Semana de Ciência e Tecnologia

O espaço da realidade virtual veio com objetivo de fomentar o ecoturismo do estado do Acre, em locais que muitas vezes são desconhecidos pelos acreanos

Já pensou em estar em um lugar mesmo sem estar? Confuso, não é mesmo? Mas foi essa experiência que alunos de várias escolas estaduais e demais pessoas de todas as idades vivenciaram no espaço Realidade Virtual, durante a Semana Estadual de Ciência e Tecnologia (SECT), nos dias 30 e 31 de outubro, no Parque de Exposições, em Rio Branco. O espaço foi organizado pela Secretaria de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia (SEICT) e reuniu mais de 5 mil visitantes durante o evento.

A realidade virtual é uma tecnologia que projeta o que é real no ambiente virtual ao mesmo tempo, ou seja, é possível visualizar um ambiente e sentir que está nele, mesmo sem estar. Pensando nisso, a SEICT preparou o espaço Realidade Virtual na SECT 2019, com o propósito de levar tecnologia para os acreanos.

 

Espaço realizado pela SEICT, reuniu mais de 5 mil visitantes. Foto: Assessoria

Segundo um dos organizadores do evento, Gabriel Ribeiro, da SEICT, o espaço da realidade virtual teve o intuito de fomentar o desenvolvimento do ecoturismo acreano, já que os locais utilizados durante a experiência foram todos filmados no estado.

“O espaço da realidade virtual veio com objetivo de fomentar o ecoturismo do estado do Acre, em locais que, muitas vezes, são desconhecidos pelos acreanos. Por exemplo, a APA do Amapá, que é uma área de preservação ambiental que fomenta o ecoturismo, porém, as pessoas não conhecem e não visitam esse espaço. Portanto, a finalidade dessa experiência é as pessoas estarem em um lugar virtualmente”, explica o coordenador.

Sendo assim, após os visitantes vivenciarem essa experiência, a SEICT espera que as pessoas possam ter o desejo de visitar esses lugares, fazendo com que os acreanos comecem a conhecer os espaços turísticos do Estado.

Além da APA do Amapá, os visitantes puderam conhecer, durante a experiência tecnológica, o Parque Zoobotânico da Universidade Federal do Acre (Ufac), e a nascente do Igarapé Ouro, em Sena Madureira. Espaços como esses puderam ser vivenciados pela funcionária pública, Erlana Paula, que falou como foi a sua experiência.

“Eu vi um lugar que parecia o zoobotânico da Ufac, era um ambiente natural, com árvores, trilhas, lago. A parte do lago foi a melhor, porque pude ver do alto, por conta das imagens feitas pelo drone. Muito realista”, disse a visitante.

Visitante Erlana Paula, vivenciando a realidade virtual. Foto: Matheus Mello

A estudante da escola estadual Glória Perez, Gladismili Santos, 15, confirmou que a experiência foi bem realista. “Teve uma parte do vídeo que aparece um helicóptero, e a sensação que eu tive, era que eu realmente estava voando, foi bem real”, comentou a estudante.

Estudante Gladismilli Santos, da Escola Estadual Glória Perez. Foto: Assessoria

Para a captação das imagens, a equipe da SEICT utilizou drones, câmeras profissionais de 360°, execuções de vídeos e, para a transmissão dos vídeos produzidos, óculos RV5. Antes de iniciar os trabalhos, a equipe da SEICT realizou vários testes e uma linha de pesquisa ampla para as escolhas dos locais a serem explorados.

Oficina de Cardboard

Após vivenciarem a experiência de realidade virtual, os visitantes puderam participar de uma oficina para confeccionar os seus próprios óculos, e experienciar a tecnologia em casa, como explica a coordenadora da oficina, Elizete Pereira, da SEICT: “Na oficina eles aprendem, na prática, como montar os óculos, para que eles possam levar essa experiência para casa deles, para a escola”, disse a coordenadora.

As oficinas são ministradas pelos alunos do curso de Sistemas de Informação da Unimeta, que fizeram um curso preparatório sobre as montagens dos óculos.

Todos os materiais da confecção dos óculos são recicláveis. A montagem é feita de papelão, e as lentes de garrafas PET.

Alunos confeccionando os próprios óculos. Foto: Matheus Mello

Uma das grandes vantagens dos óculos recicláveis é a acessibilidade a um produto de difícil acesso, por conta do custo e da manutenção, ainda segundo a coordenadora. “Uma coisa bem interessante na oficina de óculos virtuais é que ele se torna muito barato, acessível para as crianças. Para se ter uma ideia, a maioria dos óculos de realidade virtual nem tem aqui no Acre, são comprados de fora do estado. Com a oficina, a gente leva essa realidade para crianças, principalmente de baixa renda, que não têm condições de adquirir esses óculos” completa a coordenadora.

Oficinas conseguem fazer com que alunos de baixa renda, possam ter acesso a um produto caro. Foto: Matheus Mello

O intuito da SEICT agora é poder levar essa experiência para outros estados, fazendo com que turistas de outras cidades venham visitar o Acre, potencializando o ecoturismo do Estado.

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