Todos os anos a Biblioteca Pública é visitada por milhares de pessoas. O público de 2011 foi de quase 100 mil pessoas. E quem não é daqui geralmente fica encantado com a estrutura, quantidade e qualidade do acervo. Pelo interesse que oferece o espaço é evidente que ele já caiu no gosto de várias pessoas. Muitos escritores de vários Estados, por exemplo, recomendam que os amigos não deixem de conhecer a Biblioteca Pública ao visitar Rio Branco, porque é algo único.
Em visita ao irmão que reside na capital, a carioca Ana Letícia Leal, escritora, jornalista e doutora em literatura pela PUC-Rio, é uma dessas pessoas que ouviu falar do espaço. Esse foi mais um motivo para conhecer o Estado. E logo que chegou, Ana Letícia já foi recrutando os sobrinhos, se dirigiu até o centro da cidade e fez o primeiro contato. “Fiquei impressionada porque você não encontra uma biblioteca como essa em nenhum outro lugar do Brasil! O acervo também é muito bom, principalmente o infanto-juvenil [área dela]. Fiquei impressionada com o trato, com o cuidado que vocês têm com os livros. Aliás, fiquei impressionada com a cidade inteira”, comenta.
Ela foi recebida por Helena Carloni e Karla Martins – uma é chefe do Departamento Estadual de Bibliotecas Públicas e a outra, chefe do Departamento de Apoio às Artes da Fundação Elias Mansour. Ana fez questão de também deixar suas pegadas de alguma maneira por aqui. Na forma do que bem conhece. Resolveu fazer a doação de alguns exemplares de seus livros: o ‘Para Crescer’ e ‘Maria Flor’.
O bate-papo rendeu até mesmo possíveis parcerias. O programa de formação do Departamento de Bibliotecas Públicas casaria com a proposta do ‘Caderno de Memórias’, que é desenvolvido pela escritora. Uma oficina que utiliza fotografias, diários, cartas e qualquer tipo de material que possa dar a oportunidade para uma pessoa reinventar partes do seu passado. “Dar um colorido a memórias muitas vezes apagadas e criar sua marca nas páginas da vida real”.
Ana aproveitou ainda para conhecer o Museu da Borracha e fazer um mergulho na memória de sua família. “Minha família também tem um pé no seringal”. Agora ela retorna ao Rio de Janeiro para agradecer aos amigos e falar de tudo o que viu – o que não se pode explicar até que seja realmente sentido, a experiência que é o Acre com sua diversidade cultural.