Escolas do Acre têm alto índice de aprovação no Ideb

O cantinho da leitura é um dos espaços mais atrativos da escola Raimundo Gomes (Foto: Luciano Pontes/Secom)
O cantinho da leitura é um dos espaços mais atrativos da escola Raimundo Gomes (Foto: Luciano Pontes/Secom)

Os últimos dados divulgados pelo Ministério da Educação apontam o avanço das escolas da rede estadual de ensino, que tiveram resultados satisfatórios no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb 2013). Projetos de leitura, reforço pedagógico e a inserção da comunidade nas atividades escolares são algumas das ações que têm impulsionado o novo cenário da educação no estado.

O indicador do Ideb vai de uma escala de zero a dez, e é definido de acordo com o rendimento escolar e o desempenho acadêmico, por meio de uma avaliação externa feita pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacional Anísio Teixeira (Inep). Os alunos são avaliados nas disciplinas de língua portuguesa e matemática no 5° e 9° anos e no 3° ano do ensino médio.

Por essa conquista, os alunos e gestores da escola Raimundo Gomes de Oliveira têm muito a comemorar. Segundo o diretor Osleno Freitas, a média de 6,7 alcançada pelas turmas de 1° ao 5° ano superou a nacional, além de posicioná-la como a melhor do Acre e entre as cinco melhores da Região Norte. “A receita é trabalhosa, mas compensadora”, afirma.

A coordenadora da escola Georgete Kalume, Marna Rodrigues, ao lado da aluna Manuela, com outros alunos (Foto: Gleilson Miranda/Secom)
A coordenadora da escola Georgete Kalume, Marna Rodrigues, ao lado da aluna Manuela, com outros alunos (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

De acordo com Osleno, foram necessários anos de implementação de um planejamento específico, reforço pedagógico no contraturno e monitoramento do rendimento dos alunos bimestralmente. Além de um espaço de incentivo à leitura, a escola dispõe de um grupo de apoio que acompanha, inclusive, a evasão de crianças e adolescentes, e faz o resgate deles para o ambiente escolar novamente.

“Eu acredito que tão importante quanto ter um coordenador em sala de aula para verificar a aplicação dos conteúdos conforme o planejamento é acompanhar diariamente os alunos em suas particularidades e necessidades, sabendo, inclusive, o motivo daqueles que porventura abandonam a escola, para trazê-los de volta”, completa.

Tatiane Moreira é aluna da escola e fala da satisfação com os resultados. “Os professores são bem instruídos, e eu percebi a diferença em mim, porque, antes de vir estudar aqui, eu só tirava notas baixas. O resultado do Ideb serve para valorizar mais ainda tanto a escola quanto nós, alunos”, frisou.

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Entre as mais destacadas, também está a escola Georgete Eluan Kalume, que obteve a média 6,5 nas mesmas séries. Segundo a coordenadora de ensino, Marna Rodrigues, no início da gestão essa média era de 4,1. “Passamos a trabalhar mais com avaliações-diagnóstico, grupos de estudos, formação continuada e simulados. Os resultados são visíveis”, disse.

Manuela de Araújo é uma das alunas que mais se destacam, mas conta que nem sempre foi assim. “Eu tinha muita dificuldade em matemática, mas aqui consegui vencer essa dificuldade com a forma que os professores trabalham os conteúdos, porque o aprendizado não depende só do aluno”, salientou.

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