O Instituto Santa Juliana, de Sena Madureira, e o Centro de Educação Infantil Willy Viana, de Rio Branco, foram premiados pela Fundação Mapfre por desenvolverem projetos educativos focados em transformar o trânsito.
No ultimo sábado, 2, a Fundação Mapfre reuniu, em São Paulo, representantes de escolas de diversas regiões do país para anunciar e premiar as melhores soluções para problemas relacionados ao trânsito que tenham ligação direta com suas comunidades escolares.
O Instituto Santa Juliana foi vencedor, com o projeto “Caminhando Pelas Ruas da Cidade”, desenvolvido com alunos do ensino fundamental. Já o Centro de Educação Infantil Willy Viana foi classificado em segundo lugar com o “Projeto Brincando de Trânsito”, trabalhado com alunos da pré-escola.
A Fundação Mapfre, por meio do Programa Educação Viária é Vital, capacita professores de todo o Brasil para elaborarem projetos na área de educação de trânsito em três categorias: Circulando pela Escola, Circulando pelo Bairro e Circulando pela Cidade.
No Acre, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran/AC) é o parceiro facilitador da Mapfre e realiza o trabalho de disseminação do programa, apoio e acompanhamento dos projetos desenvolvidos pelas escolas.
“Projetos como esses são de extrema importância para que exista a mudança de cultura na sociedade para valorização efetiva da vida no trânsito, já que o ensino ainda na infância colabora para essa mudança de atitude”, explica Cléia Machado, pedagoga do Detran.
Em 2017, oito instituições de ensino do Acre aderiram ao Programa Educação Viária é Vital, cinco de Rio Branco e três de Sena de Madureira.
Alunos e comunidade escolar
No Instituto Santa Juliana, o projeto Caminhando Pelas Ruas da Cidade foi idealizado por um conjunto de professores e equipe pedagógica. Durante o tempo de execução os alunos participaram de atividades teóricas e práticas em que foram incentivados a realizar pesquisar sobre a dinâmica do trânsito de quatro vias da cidade de Sena Madureira e apontar os pontos positivos, negativos e necessidade.
“Alguns alunos presenciaram até um acidente de trânsito causado pela imprudência do condutor e isso acabou colaborando para conscientização deles”, observou a coordenadora pedagógica do Instituo, Sonja Priscilla Vale.
Os alunos fizeram ainda composições e apresentações de músicas, poemas, cordéis, histórias em quadrinhos e participaram de palestras realizadas pela equipe da Circunscrição Regional de Trânsito do município.
Para envolver a comunidade foram realizas passeatas e cicleatas com o objetivo de mostrar a todos os moradores da cidade a necessidade de adotar atitudes responsáveis no trânsito.
“Esse é o terceiro ano que participamos do projeto e já conseguimos observar a mudança de comportamento dos alunos e do restante da comunidade. Estamos felizes pela premiação e agradecemos a Fundação Mapfre e Detran pela oportunidade” enfatiza Sonja Priscilla Vale
Crianças também podem ensinar
O Projeto Brincando de Trânsito do Centro de Educação Infantil Willy Viana envolveu 250 crianças da pré-escola, de 4 e 5 anos, e teve o foco em oportunizar o conhecimento sobre o trânsito, a vivência, a realidade e as necessidades do entorno da escola, que fica localizada no Bairro Cidade Nova, ao lado da Praça da Juventude.
“Os incentivamos a observarem as placas de sinalização, as faixas de pedestre, acessibilidade para cadeirantes e outras características das vias próximas, a partir dessa observação fizemos entrevistas e gravamos vídeos deles explicando sobre comportamentos seguros no trânsito”, explica a coordenadora pedagógica da pré-escola, Jemille Oliveira.
Os alunos também produziam cartazes, fizeram distribuição de material educativo nas ruas e realizaram uma passeata pelas ruas do bairro com a intenção de convidar a comunidade a adotar atitudes seguras nas vias.
Para atingir também as famílias, a escola realizou uma reunião com os pais e responsáveis em que mostraram os vídeos gravados com os alunos chamando atenção para a necessidade de respeito às regras de transito.
“Essa é a primeira vez que participamos do projeto da fundação Mapfre e desejamos continuar, porque é uma iniciativa que contempla os pilares da educação, oportuniza o aprendizado pela vivência e o desenvolvimento de habilidades nos alunos”, afirma Jemille.